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México vai responder às tarifas dos EUA com novas medidas, afirma Sheinbaum

Sheinbaum criticou a imposição «unilateral» de tarifas às exportações mexicanas pelos EUA e anunciou que o seu país vai responder com medidas tarifárias e outras. «O México faz-se respeitar», disse.

Claudia Sheinbaum, presidente do México Créditos / ovaciones.com

Claudia Sheinbaum criticou a imposição «unilateral» de tarifas às exportações mexicanas pelos EUA e anunciou que o seu país vai responder com medidas tarifárias e outras.

«A decisão unilateral tomada pelos Estados Unidos afecta as empresas nacionais e estrangeiras que operam no nosso país e afecta os nossos povos, por isso decidimos responder com medidas comerciais e não tarifárias que anunciarei em praça pública no próximo domingo», afirmou a presidente do México esta terça-feira.

Num comunicado divulgado por La Jornada, classificou como «inconcebível» que ninguém considere os danos que serão causados ​​tanto aos cidadãos como às empresas nos Estados Unidos pelo aumento dos preços dos bens produzidos no México, bem como os danos que serão causados ​​pela interrupção da criação de emprego em ambos os países.

«Ninguém ganha com esta decisão; pelo contrário, ela afecta os povos que representamos», afirmou Claudia Sheinbaum na presença dos jornalistas ao fazer a leitura do comunicado que rejeita a entrada em vigor, esta terça-feira, das tarifas de 25% aplicadas pelo país vizinho às mercadorias provenientes do país latino-americano.

Neste contexto, Sheinbaum repudiou o comunicado «ofensivo, difamatório e sem sustento sobre o governo do México», emitido na segunda-feira à noite pela Casa Branca, no qual se fazem acusações «que negamos rotundamente e condenamos categoricamente».

Tendo em conta a materialização dos impostos decretada pelo republicano, instou os mexicanos a enfrentarem juntos este desafio e a manter a defesa da soberania nacional. Convidou-os também a estar presentes no próximo domingo, ao meio-dia, no Zócalo da Cidade do México, para ali assistirem a uma assembleia informativa em que será especificado o tipo de medidas com o país azteca dará resposta a Washington.

Claudia Sheinbaum abordou de forma resumida os resultados alcançados pelo seu executivo na luta contra o narcotráfico – avanços reconhecidos inclusive pela parte norte-americana. Por isso, considerou que a imposição de um imposto de 25% às exportações mexicanas, depois de uma pausa de 30 dias, «não tem razão nem justificação que a sustente».

«Dissemo-lo de diferentes formas, cooperação e coordenação, sim; subordinação, intervencionismo, não. O México faz-se respeitar, somos países iguais», frisou.

A presidente mexicana acrescentou que o seu país irá sempre procurar «uma solução negociada» e que não é seu propósito «iniciar um confronto económico e comercial, que infelizmente é o oposto do que devíamos estar a fazer».

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