A sul e leste de Damasco, junto à fronteira com a Jordânia e o Iraque, as Forças Armadas sírias têm conseguido ganhar território nos confrontos com unidades do Exército Livre Sírio, pese embora o apoio que estas recebem por parte de forças especiais dos Estados Unidos e de outros países da coligação internacional – na qual a NATO se pretende integrar, segundo anunciou o secretário-geral da organização no âmbito da cimeira de Bruxelas.
No Centro do país, nas províncias de Hama e Homs, as tropas sírias e milícias aliadas, entre as quais se conta um importante contingente do movimento de resistência libanês Hezbollah, conseguiram consolidar as suas posições e avançar para lá dos extensos campos de gás e petróleo que rodeiam a cidade histórica de Palmira, informam a Prensa Latina e a Al-Masdar News.
Aqui, verificaram-se fortes combates com as forças do Daesh, que foram neutralizadas, mas que, na província de Deir ez-Zor (Leste do país), ainda mantêm cercada a cidade de Deir ez-Zor, procurando evitar que o Exército sírio crie uma zona estratégica de contenção junto às regiões fronteiriças iraquianas de Niniveh e Al-Anbar.
No Norte do país, o Exército recuperou, no extremo mais oriental da província de Alepo, mais de 20 localidades e cerca de 5000 quilómetros quadrados de território às forças do Daesh, após duros combates travados nas últimas horas.
Na província de Alepo, o Daesh encontra-se encurralado, revelam a Prensa Latina, a Al-Masdar News e a HispanTV, só lhe restando a localidade de Maskanah, junto ao Lago Assad. Desde 2013, é a primeira vez que o Exército sírio alcança um avanço desta dimensão, chegando à beira do rio Eufrates e ficando a poucos quilómetros de Raqqa, considerada a capital do Daesh na Síria.
No entanto, a pouca distância, numa vasta região fronteiriça com a Turquia, no Nordeste de Alepo – onde se localizam as cidades de Al-Bab, Manbij e Jarablus –, a situação é pouco clara. Ali se deslocam as Forças Democráticas Sírias (apoiadas abertamente por Washington), tropas turcas e unidades militares de países ocidentais. O governo de Damasco já denunciou, em mais do que uma ocasião, a violação da sua soberania territorial.
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