A medida foi decidida numa reunião de alto nível em que participaram representantes do Provedor de Justiça, da Procuradoria-Geral da República e da Defesa Pública, noticiou esta quarta-feira a AVN.
O encontro contou ainda com a participação de delegados do Ministério do Eco-socialismo e da Água, do Instituto Nacional de Terras e da Fundação Vítimas de Assassinato Político e Campesino.
Reunidos em Caracas, os representantes destas instituições decidiram ainda promover o trabalho de prevenção, de forma a evitar a ocorrência de novos assassinatos de dirigentes do campo e outros crimes de ódio por motivos políticos.
A este propósito, a representante das vítimas de assassinato político, Maite García, manifestou a sua satisfação face à decisão do governo de reabrir estes 300 casos, sublinhando que a sua organização irá continuar a receber denúncias, para as dirigir aos organismos competentes.
«Precisamente nós, que fomos vítimas, porque os nossos familiares foram assassinados por pensar de maneira diferente» – situação que levou ao surgimento da fundação que documenta esses casos –, «temos muita expectativa quanto a esta mesa de trabalho, na qual se recolhem todos os casos sobre a violência nos nossos campos», disse García.
A Fundação Vítimas de Assassinato Político e Campesino apresentou à Assembleia Nacional Constituinte (ANC) propostas para sancionar os crimes cometidos por divergências de natureza política, acrescentou, sublinhando a importância de contribuir para o debate sobre a Lei contra o Ódio, a Intolerância e de Convivência Pacífica.
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