Neste Sábado, na entrevista dada ao jornal Expresso, o Ministro dos Negócio Estrangeiros, Augusto Santos Silva, revela que o Governo português já transmitiu às autoridades alemãs, «pelos canais diplomáticos habituais» o seu desagrado quando às declarações do Ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble, que admitia que Portugal precisaria de um segundo resgate se não cumprisse o acordado com a zona euro.
O Ministro revela que o Governo considera essas declarações «injustas e inamistosas», assim como «injustificadas». Quanto a um possível resgate afirma: «Não há nenhum programa de resgate que esteja a ser preparado, nenhuma situação do ponto de vista orçamental e financeiro do país que constitua sinal de alarme.»
Para além disto, Santos Silva declara ainda que «aplicar sanções, mesmo que simbólicas, seria uma medida de efeitos negativos imediatos na capacidade de prosseguir o nosso objectivo orçamental e financeiro».
Já no dia de ontem, o primeiro-ministro, António Costa, questionou a moral de Bruxelas para pretender aplicar sanções por défice excessivo a Portugal, quando o FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia elogiaram o anterior Governo, por ter sido um «bom aluno» e ter executado bem o programa de ajustamento.
«Que fique muito claro, o tema das sanções é, em primeiro lugar, um tema imoral», afirmou António Costa, no encerramento da conferência Relançar a Europa – da austeridade ao crescimento, promovida pelo Grupo da Aliança Progressistas dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu (S&D).
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