A reestruturação do Banco Popular em Portugal, que levou à saída de 270 trabalhadores em 2016, já rendeu uma poupança de 8 milhões de euros em apenas seis meses deste ano. O Santander vai assim receber uma instituição em que o habitual processo de redução de pessoal (como aconteceu com o Banif) já está adiantado.
Aos quase 230 milhões de euros reportados pelo Santander Totta no início de Agosto, referentes ao primeiro semestre de 2017, há que somar agora os 7 milhões registados pelo Popular. Este é o valor mais elevado de todos os bancos portugueses.
Sem a reestruturação agressiva (que implicou a saída de mais de 20% dos trabalhadores do banco), o Popular dificilmente teria lucros, fruto do aumento das imparidades de crédito, de acordo com o documento de prestação de contas enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Quando a integração do Popular estiver concretizada, o banco detido pelo grupo espanhol Santander terá sob sua gestão cerca de 37 mil milhões de euros em recursos, 31 mil milhões dos quais em depósitos. Por comparação, o BPI (que foi comprado este ano pelo grupo catalão La Caixa) tinha 30 mil milhões em recursos (20 mil milhões dos quais em depósitos), de acordo com os dados do primeiro semestre. Os bancos de capital espanhol concentram, assim, um valor mais elevado de recursos totais e de depósitos que o BCP, e quase tanto como a Caixa Geral de Depósitos.
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