Um concerto sinfónico pela Orquestra Gulbenkian e duas exposições, uma com trabalhos cenográficos de Graça Morais e outra que revisita a obra de Ricardo Pais, abrem hoje, na Escola D. António da Costa, o 33.º Festival de Almada.
Diversidade é o conceito que melhor define esta edição. O festival acontece em mais de uma dezena de espaços em Almada e quatro salas em Lisboa. No total, o programa aponta 29 espetáculos de teatro, música e dança, sete dos quais são portugueses, distribuídos por cada um dos dias, até 18 de Julho.
São duas semanas para apreciar o trabalho de «novos mestres», como os encenadores alemães Thomas Ostermeier e Falk Richter ou o francês Joel Pommerat, e a irreverência dos jovens incluídos no ciclo O Novíssimo Teatro Italiano, representado com cinco produções.
Mas também para homenagear o rigor, a coerência e a liberdade do criador Ricardo Pais. Montra é a exposição de reconhecimento do antigo encenador e que estará patente na Escola D. António da Costa.
Do programa de exposições constam ainda duas mostras de Graça Morais que por sua vez «assina» o cartaz deste ano. Metamorfoses é um dos trabalhos da pintora que a Casa da Cerca acolhe até ao mês de Setembro. A mostra Os biombos dá expressão a um trabalho menos conhecido de Graça Morais. Apresenta a obra cenográfica criada pela artista nos primeiros anos da década de 90 e pode ser vista na Escola D. António da Costa, até 18 de Julho.
Os públicos de que se faz este festival surgem também retratados na exposição documental Todos e cada um, disponível no Teatro Municipal Joaquim Benite.
O concerto inaugural, pela Orquestra Gulbenkian, é um dos sete espectáculos portugueses que o programa integra. Com direcção musical de Jan Wierzba, a orquestra interpretará obras de Edvard Grieg, Gaetano Donizetti e Leonard Bernstein.
A Escola D. António da Costa, o Teatro Municipal Joaquim Benite, o Fórum Romeu Correia, o Teatro-Estúdio António Assunção, a Incrível Almadense e a Casa da Cerca são alguns dos locais de Almada onde se realizam os espetáculos de sala. Em Lisboa, o Teatro Municipal D. Maria II, o Centro Cultural de Belém, o Teatro da Trindade e o Teatro Taborda abrem-se ao Festival de Almada.
A 33.ª edição do Festival de Almada contempla produções oriundas de Alemanha, Argentina, Áustria, Estados Unidos, Noruega, Roménia e Suíça.
O preço dos bilhetes vai de cinco a 25 euros. As assinaturas custam 70 euros.
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