Os trabalhadores da CarrisTur realizaram hoje um plenário com paralisação, entre as 13h e as 16h30, em Cabo Ruivo. Em causa está a exigência da reposição dos salários, actualizados em Janeiro pela revisão do Contrato Colectivo de Trabalho Vertical (CCTV) do Sector Rodoviário de Passageiros, que lhes foi posteriormente retirado, em Fevereiro.
Segundo fonte sindical, houve «forte adesão», e os trabalhadores decidiram convocar uma greve de 24 horas para o dia 22 Julho, com marcha até à residência oficial do primeiro-ministro.
Para recuar no cumprimento do CCTV, a empresa responsável pela operação dos autocarros de turismo na cidade de Lisboa, no aeroporto e nos elevadores usou como argumento o facto de ser participada da Carris, inserida no âmbito das empresas do sector público e tutelada pelo Ministério do Ambiente. Logo, não poderia estar abarcada pelo dito aumento, pois o Orçamento de Estado impede o aumento de despesa, sustenta a administração. Os salários baixaram de 630 para 560 euros.
No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) evoca a publicação do decreto-lei de execução orçamental, afirmando que assim o «governo tem o instrumento para resolver de vez a aplicação do CCTV na CarrisTur», e a afirmação do ministro segundo a qual «as empresas públicas [o capital da CarrisTur é público] que apresentem resultados positivos podem aumentar os custos com o pessoal».
Para além disto, o sindicato denuncia que a empresa «usa e abusa» do recurso ao trabalho temporário, aumentando assim a precariedade e continuando a insistir na política de baixo salários.
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