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«Pequenos passos positivos» não impedem greve

Reunidos em plenário na Praça do Município, em Lisboa, os trabalhadores da CarrisTur decidiram dar continuidade à sua luta com uma nova greve, a realizar no dia 2 de Novembro.

Com esta greve os trabalhadores pretendem continuar o protesto contra a redução de salários
CréditosMichael Day / CC BY-NC 2.0

«Resultado directo da firmeza e coragem dos trabalhadores», a administração da CarrisTur, empresa de mobilidade turística de âmbito nacional, viu-se forçada a ceder algumas das reivindicações dos funcionários, entre elas, a inclusão das actividades complementares e das prestações de contas no horário de trabalho.

As propostas da administração surgiram apenas dias antes da greve realizada a 15 de Outubro, algumas semanas depois da greve de dia 24 de Setembro, numa tentativa de que os trabalhadores suspendessem a convocatória da nova acção de luta. 

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Está para durar a luta na Carristur e na STCP 

Os trabalhadores da Carristur vão realizar um plenário em frente à Câmara Municipal de Lisboa, no dia 15 de Outubro. Na STCP haverá greve às últimas horas a partir do próximo dia 9. 

Continua suspenso o Contrato Colectivo de Trabalho Vertical dos trabalhadores da CarrisTur
Créditos

A decisão de realizar um plenário foi tomada na passada sexta-feira, dia em que os trabalhadores da Carristur «foram confrontados com a ilegalidade da administração de substituir trabalhadores em greve», denuncia a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).

A paralisação de 24 de Setembro teve origem na «falta de resposta a um conjunto de problemas» por parte da administração, entre os quais está o tempo de deslocação e prestação de contas inserido no horário de trabalho diário normal. 

O cumprimento do estabelecido quanto à obrigação de proceder à avaliação semestral de desempenho a todos os trabalhadores e o respeito pela definição de funções dos trabalhadores e contra a «imposição arbitrária» do regime de «dispensa», sem o pagamento do subsídio de refeição, são outras reivindicações dos funcionários da Carristur. 

O aumento dos salários e melhores condições de trabalho são também algumas das reivindicações ouvidas a Norte. Após seis dias de greve com «elevadas adesões» na Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN/CGTP-IN) vai avançar com novo pré-aviso de greve às últimas quatro horas da jornada diária de trabalho a partir das 0h de 9 de Outubro até às 24h do dia 31 de Dezembro.

O STRUN lamenta a «chantagem» exercida pelo Conselho de Administração quanto à suspensão da aplicação de descansos fixos ao sábado», que «já vinha a ser feita desde o primeiro trimestre, conforme o acordado em Fevereiro». Mas informa que serão activados «os meios inspectivos e judiciais». 

Ainda a propósito do pré-aviso de greve, a estrutura sindical denuncia que já foi chamada à Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para discutir serviços mínimos, «algo que nunca aconteceu em greves parciais».  

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Em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), considera que algumas das respostas avançadas antes da greve foram positivas, mas que ainda há muitas matérias por resolver. «Para além da disponibilidade do sindicato para as reuniões directas com a administração, foram solicitadas reuniões com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e restantes forças políticas que integram o novo executivo», procurando dar resposta às exigências colocadas pelos trabalhadores.

Entre as reivindicações definidas pelos trabalhadores em plenário, realizado durante o período de greve, está a «integração no horário de trabalho diário do tempo de deslocação, quando os trabalhadores terminam em local diferente daquele em que iniciaram» e o «pagamento do preço/hora, em vigor na Carris, a todos os trabalhadores da CarrisTur que foram escalados para prestar serviço público, com os respectivos retroactivos».

Também a «readmissão de todos os trabalhadores a quem, no decurso desta pandemia, não foram renovados os contratos», é tida como uma das exigências fundamentais para que estes profissionais equacionam suspender o seu processo de luta. A contratação de empresas de trabalho temporário, que cumprem funções de trabalho efectivo, representa a perpetuação da precariedade na empresa.

Para além da nova greve, a realizar no dia 2 de Novembro, os trabalhadores da CarrisTur farão também greve a todo o trabalho extraordinário.

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