Banca

A Assembleia da República decidiu avançar na discussão da proposta de prorrogação e alargamento das moratórias bancárias, que estava adiada, à espera de uma resposta da Autoridade Bancária Europeia.

As recentes audições a Carlos Costa, Mário Centeno e António Ramalho permitem concluir, uma vez mais, que o Estado está a pagar quase o mesmo que custaria a nacionalização, mas perdendo activos e receitas.

O banco registou, no primeiro trimestre de 2021, lucros de 57,8 milhões de euros, mas o seu presidente já anunciou que vai divulgar um «plano de saída de trabalhadores» para reduzir custos.

Após a divulgação da auditoria do Tribunal de Contas que conclui que o banco tem recorrido a recursos públicos para atenuar os seus défices, dá-se a conhecer o prémio a conceder ao Conselho de Administração.

A auditoria conclui: o «Fundo de Resolução tem correspondido ao défice de capital do Novo Banco e não apenas às perdas do exercício relativas aos activos protegidos pelo acordo de capitalização contingente».

Da audição da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, resulta que o então governo de PSD/CDS-PP fez propaganda a uma solução que ainda hoje continua a penalizar o Estado e os contribuintes.

O Orçamento do Estado para 2021 já contempla medidas necessárias para acudir às necessidades do País. Do que se trata é de as concretizar.

Os partidos decidem, esta tarde no Parlamento, o futuro da proposta do PCP que determina o prolongamento de moratórias nos créditos bancários, com o intuito de ajudar famílias e pequenas empresas.

O novo pedido de capital por parte da instituição financeira herdeira do BES ocorre num período difícil para muitas famílias e depois de o Governo recusar «mais despesa» com apoios sociais.

Os agentes económicos estão em alerta com o fim à vista das moratórias que protegem 46 mil milhões de euros em empréstimos bancários. Portugal é o terceiro país da UE com mais créditos nesta situação.

João Moreira Rato confirmou hoje que o actual ministro da Economia participou, então como advogado, na venda da seguradora Tranquilidade, que acabou por ser revendida por um valor três vezes superior.

Inicia-se hoje uma comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, que pode e deve servir para concluir que decisões políticas, pelas mãos de diversos governos, levaram à situação de «buraco sem fundo».

No processo de transmissão dos trabalhadores de outras duas empresas para o banco, só há um trabalhador que não vê a situação resolvida, e é dirigente sindical, denuncia o sindicato.

As instituições bancárias anunciaram não só o aumento dos custos com comissões, como também o fim de isenções na manutenção de contas.

Acordo firmado pelos bancos que prevê a manutenção dos empregos durante a pandemia não tem sido cumprido, denuncia o Sindicato dos Bancários do Rio.

O ministro das Finanças afirmou que os bancos vão substituir o Estado no financiamento do Novo Banco através do Fundo de Resolução, mas esqueceu-se da intervenção da CGD. 

O Banco Montepio está a tentar gerir as expectativas dos trabalhadores num processo em que, sabe o AbrilAbril, aos 800 despedimentos se vai somar o fecho de 80 balcões.

PS, PSD, IL, PAN, CH e CDS-PP chumbaram esta sexta-feira no Parlamento a reversão da venda do Novo Banco e a sua transferência para a esfera pública.