Caixa Geral de Depósitos

A 14 de Setembro deixará de ser possível levantar dinheiro com caderneta, o que afectará centenas de milhares de pessoas. Os principais prejudicados serão os idosos com menos condições económicas.

A organização reage à recente decisão do Conselho de Administração do banco público em agravar os pagamentos de comissões sobre os depósitos de «magras poupanças» e exige abolição de todas as taxas.

O relatório votado por unanimidade, esta quarta-feira no Parlamento, confirma responsabilidades políticas a três níveis: conselhos de administração, supervisão e sucessivos governos de PS, PSD e CDS-PP.

Vítor Constâncio fez afirmações em sede de Comissão Parlamentar de Inquérito à CGD que foram contraditadas por documentos disponibilizados a diversos órgãos de comunicação social.

A audição de Paz Ferreira confirma que a UE não é amiga da banca pública e que diversos governos e o BdP foram avisados, mas houve opção política de não intervir decisivamente e antes «deixar andar».

Em audição no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos, Manuel de Oliveira Rego apontou responsabilidades políticas de vários governos em negócios duvidosos.

A Caixa não voltou só aos lucros, mas também ao velho hábito de servir de refúgio dourado a ex-governantes do bloco central: Marques Mendes substitui António Vitorino na CGD Angola.

Os lucros de 369 milhões de euros da Caixa Geral de Depósitos, até Setembro, trazem um prejuízo escondido para o País: neste ano, vão sair 571 trabalhadores e fechar 76 balcões do banco público.

Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos estão em greve esta sexta-feira, em resposta à denúncia do acordo de empresa pela administração. Centenas de balcões estão encerrados face à forte adesão.

O banco público junta-se aos privados e vai alienar o seu quarteirão na Baixa lisboeta. Venda insere-se no plano para fazer encolher a Caixa imposto pela Comissão Europeia e aceite pelo Governo.

O Novo Banco vai fechar cerca de 30 balcões até final de Julho, uma medida incluída no fecho de 73 agências previsto para este ano, de acordo com fonte ligada ao processo.

Apesar de ser uma das mais populosas freguesias do concelho de Gondomar, está na lista de encerramentos avançada pela CGD. Junta de Freguesia pede reunião urgente com administração do banco público.

O Governo deu luz verde à venda das presenças da Caixa Geral de Depósitos em Espanha e na África do Sul – dois dos territórios com maior volume de emigrantes nacionais, quase 160 mil.

O PCP condena o plano de encerramentos, com vários balcões visados na cidade de Lisboa, e alerta para as consequências que a medida acarreta para a população e para os trabalhadores do banco público. 

Rui Rio disse que o PCP e o BE não permitiram que fossem conhecidos os 50 mais devedores em incumprimento da CGD, mas ambos os partidos viram propostas suas nesse sentido aprovadas em Maio.

O único balcão na freguesia do Prior Velho está na lista da administração do banco público para encerrar até ao fim do mês. Medida afecta população e comércio local. Ontem foi dia de protesto.

A Câmara do Seixal contesta o anúncio de encerramento na freguesia de Fernão Ferro e a «ausência de intervenção» do Governo, tendo já solicitado uma reunião de urgência com a administração da CGD.

Depois de, em 2017, ultrapassar a meta de despedimentos imposta por Bruxelas, a administração da Caixa Geral de Depósitos acelerou ainda mais o ritmo nos primeiros cinco meses do ano.