|Caixa Geral de Depósitos

Comissões anunciadas pela Caixa merecem rejeição dos utentes

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos repudia, em comunicado, os aumentos anunciados e reafirma a importância da defesa do banco público e da sua função de servir a economia nacional.

Tudo indica que o plano de reestruturação da CGD passa pela redução de trabalhadores e balcões
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A principal exigência constante na nota enviada à imprensa pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) é a de que o Governo e a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) cessem com o «escandaloso aumento no valor das comissões».

O pagamento de comissões e o respectivo aumento afectará com grande incidência os utentes «com menores recursos», alertam na nota. E, «não sendo [uma questão] exclusiva da CGD, não deixa de ser imoral, ainda mais quando de trata do banco público». Ao mesmo tempo, o movimento lembra que o papel da CGD deveria ser o de combater «a cartelização dos preços dos serviços e comissões de que padece o sector financeiro».


Estes aumentos nas comissões são tão mais incompreensíveis quanto têm vindo «a público, nos últimos dias, [que] o rendimento líquido da CGD com comissões e serviços aumentou 13% entre 2015 e 2018, o que corresponde a cerca de 46 milhões de euros». Entre a diferença dos engargos e das receitas com comissões nestes três anos, conclui-se que, só em 2018, o banco alcançou a «soma de 393,8 milhões de euros».

O MUSP recorda ainda que a principal missão do banco público é a de «apoiar as famílias portuguesas no crédito e nos serviços bancários e alavancar a economia nacional, as micro, pequenas e médias empresas».

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