Feviccom

Com o anunciado encerramento da fábrica, Portugal perde o já pouco que restava da antiga Companhia Vidreira Nacional (Covina), privatizada em 1991 pelo governo PSD de Cavaco Silva.

A greve de três dias pelo aumento digno da tabela salarial registou esta quarta-feira uma «forte adesão» num sector «que cria ricos e produz pobres». Hoje o protesto segue em várias unidades do grupo Amorim.

Perante o trágico acidente na A6 que vitimou um trabalhador, a FEVICCOM exige que se acabe com o «passa-culpas» e se apoie a sua família. As empresas têm de ter mais meios de protecção dos trabalhadores.

Para a próxima terça-feira, está marcada uma greve nacional no sector corticeiro, que, apesar dos resultados líquidos «assinaláveis», propõe aumentos salariais «miseráveis», denunciam os sindicatos.

Os trabalhadores da Santos Barosa-Vidros (Vidrala), da Marinha Grande, estarão em greve nos dias 22, 23 e 24 de Março pelo aumento dos salários em 3,5% sobre os valores actualmente praticados.

A greve, dinamizada desde dia 31, contou com a adessão massiva dos trabalhadores, que lutavam contra a laboração contínua e em defesa da conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar

A paralisação marcada para os próximos dias tem como objectivo a defesa do período normal de trabalho, de segunda a sexta-feira, tal como está consagrado no acordo de empresa.

O‌ ‌fim‌ ‌do‌ ‌factor‌ ‌de‌ ‌sustentabilidade‌, ‌que‌ ‌penalizava‌ ‌os‌ ‌trabalhadores‌ ‌das‌ ‌pedreiras‌ ‌no‌ ‌valor‌ ‌da‌‌ ‌reforma, também deve ser aplicado às aposentações de 2019.

Sindicatos apresentaram um documento onde propõem 40 medidas urgentes para defender a saúde, os salários, o emprego e os direitos dos trabalhadores da construção civil.

A empresa decidiu manter a proposta de remuneração aos accionistas, apesar do contexto de crise provocado pelo surto epidémico de Covid-19, cortando apenas o dividendo extraordinário.

No sector da construção civil, fortemente afectado pelo surto epidémico de Covid-19, é necessária uma estratégia global de defesa da saúde e de garantia dos salários, defende a Feviccom.

É «imperiosa» a suspensão das obras e empreitadas onde não são cumpridas as condições de protecção, com garantia de pagamento dos salários dos trabalhadores da construção civil, afirma a Feviccom.

A greve dos trabalhadores da Vista Alegre Atlantis, em Alcobaça, está a registar uma adesão superior a 90%. Sindicato realça que há mais de 20 anos que a empresa não assistia a uma greve desta dimensão. 

A corticeira Fernando Couto vai ter mesmo de pagar a multa de 31 mil euros por assédio moral, por ter causado à trabalhadora «prejuízos graves, humilhando a mesma perante os demais trabalhadores».

Passado um ano dos trágicos acontecimentos nas pedreiras de Borba, os trabalhadores do sector dos mármores decidiram lançar uma campanha sobre segurança e saúde nos locais de trabalho.

A revisão do contrato colectivo de trabalho da indústria corticeira já está concluída, revelou fonte sindical do sector, depois de o Governo ter arbitrado as negociações salariais com a respectiva associação patronal.

Duas centenas de trabalhadores concentraram-se, esta tarde, frente à Associação Portuguesa de Cortiça, em Santa Maria Lamas, exingindo avanços no processo negocial em torno da revisão salarial.

«No País que é o maior produtor mundial de cortiça», patrões consideram 56,8 cêntimos por dia «o maior aumento do século». Trabalhadores mantêm reivindicações e partirão para novas acções de luta.