A jornada de 24 horas arrancou às 6h desta quinta-feira. Em declarações ao AbrilAbril, Etelvina Rosa, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (CGTP-IN), realça que «a adesão está a ser muito boa» e que só alguns dos trabalhadores com contratos a termo estão a trabalhar. «Desde há duas décadas a esta parte que a empresa não assistia a uma greve desta dimensão», frisa.
O objectivo é exigir que a administração da Vista Alegre Atlantis se sente à mesa para negociar o caderno reivindicativo, enviado em Outubro de 2019, onde o aumento salarial de 90 euros mensais surge como reivindicação principal.
A par desta, os trabalhadores reclamam o aumento do subsídio de refeição para cinco euros, 25 dias de férias (em vez dos actuais 22), melhores condições de trabalho, diuturnidades, como forma de valorizar quem tem mais anos de casa, e o fim da desigualdade salarial.
A redução das 40 para as 35 horas de trabalho semanal é outra das exigências dos cerca de 300 trabalhadores da unidade localizada na zona industrial de Alcobaça, no distrito de Leiria.
Etelvina Rosa esclarece que, desde o envio do caderno reivindicativo, «ainda não houve qualquer resposta por parte da empresa», salvo uma «mini-conversa, no passado dia 17 de Fevereiro», dia em que foi marcada esta greve.
A dirigente afirma que a empresa chamou apenas o delegado sindical, no sentido de o demover da acção de luta, mas que os trabalhadores acabaram por ficar «ainda mais unidos na defesa das suas reivindicações».
Se até às 6h da manhã desta sexta-feira não houver resposta por parte da Vista Alegre Atlantis, os trabalhadores deverão reunir-se em plenário, no próximo dia 12 de Março, a fim de tomarem novas decisões, informa Etelvina Rosa.
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