médicos

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) saúda a adesão massiva à greve dos últimos dois dias. A primeira paralisação pós-pandemia foi de 100% nalgumas unidades de cuidados de saúde primários.

Na reunião com a federação sindical, o Ministério da Saúde limitou-se a apresentar propostas «absolutamente intoleráveis» de perda de direitos e de piores condições de trabalho. Greve mantém-se dias 8 e 9 de Março.

Muito se tem especulado com a falta de médicos nos concursos do SNS, nas neste caso isso não aconteceu. Houve muito concorrentes, poucas vagas e há 100 mil utentes sem médico.

Face a uma posição «dialogante e disponível» da FNAM, o Ministério da Saúde tem «sido evasivo», limitando-se a apresentar «medidas paliativas» à revelia das negociações com os sindicatos. Luta quer «salvar o SNS».

«É fundamental que sejam garantidos direitos de parentalidade que tenham em conta as especificidades do trabalho médico»: a redução de horário na gravidez e de assistência à família, defende a FNAM.

A FNAM considera que a reorganização das urgências de ginecologia e obstetrícia, na região de Lisboa e Vale do Tejo, e de Psiquiatria, a nível nacional, confronta os direitos laborais dos médicos.

Serão encerrados aos fins-de-semana, rotativamente, os serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia de seis hospitais da Área Metropolitana de Lisboa: uma medida «meramente pontual e paliativa».

Mesmo após a demissão das chefias do serviço de urgência, a administração exige manter uma gestão contrária às «boas práticas médicas», sem garantir «a mínima segurança, qualidade e dignidade dos cuidados».

Segundo fonte hospitalar, a Urgência Pediátrica do Hospital de São Bernardo encerrou esta manhã, devido à falta de médicos, e só deverá reabrir às 9h de segunda-feira da próxima semana. 

Comissões de utentes de Alverca, Bom Sucesso e Arcena concentram-se esta sexta-feira, junto ao Centro de Saúde de Alverca (Vila Franca de Xira), contra a falta de médicos e para exigir mais investimento no SNS. 

Médicos provenientes da Nigéria denunciam que estão a ser explorados no Reino Unido. As horas de trabalho a que são submetidos põem em risco a saúde dos pacientes, alertam.

Roberto Occhiuto, presidente da Calábria, anunciou a contratação de quase 500 médicos cubanos, que vão chegar à região italiana a partir de Setembro, tendo em conta a falta de pessoal médico.

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Alcanena entregou na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) um abaixo-assinado com cerca de 4000 assinaturas.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) pediu ao Presidente da República que envie a norma sobre o regime excepcional de trabalho suplementar médico para o Tribunal Constitucional.

As denúncias, anónimas e confidenciais, permitirão à Federação Nacional dos Médicos aprofundar o seu conhecimento sobre a real dimensão da falta de recursos humanos nos serviços de saúde portugueses.

Exigir a abertura dos processos negociais, garantir melhores condições de trabalho e dignificar as carreiras dos profissionais de saúde. Na região da Madeira a greve foi antecipada para hoje, 30 de Junho.