NATO

Entre a riqueza armamentista e a miséria social, este país a funcionar como base militar da NATO transformou-se num rastilho de guerra, talvez o mais inquietante, susceptível de incendiar a Europa e o mundo.

A manipulação de uma situação parcial num quadro muito mais amplo, pretende, entre outras coisas, minimizar ou mesmo silenciar os crimes contra os refugiados que fazem parte do quotidiano da União Europeia.

«A guerra cognitiva tem um alcance universal, desde os indivíduos, os Estados e organizações multinacionais. O seu campo de acção é global e pretende assumir o controlo do ser humano».

Em 20 anos dessa operação multifacetada e transnacional o terrorismo, sobretudo o de fachada «islâmica», não apenas se enraizou e organizou como alastrou através do planeta.

No início deste século, os vários patrocínios americanos a grupos rebeldes de outros países e a eclosão de guerras civis em que os EUA intervêm ativamente foram a grande marca do país «mais livre» do mundo.

Uma das criaturas, os Talibã, voltou-se contra o criador, na sequência da arrogância e de um erro de cálculo deste. Isto não quer dizer que a lição tenha sido aprendida em Washington e em Bruxelas.

A aliança entre Washington e a NATO com grupos terroristas jihadistas salafitas não é nova, mas só na Líbia foi assumida de maneira tão clara como a que está a ser trabalhada agora em território sírio.

A retirada norte-americana e da NATO simbolizada em Bagram, sob o signo da missão cumprida, deixa o Afeganistão como um país dilacerado e mergulhado na guerra civil.

O Sr. Jens Stoltenberg prestaria melhor serviço se, na recente cimeira de Bruxelas, em vez de acenar com perigos dantescos, fizesse a distinção entre o que é uma ameaça e o que é uma autodefesa.

Antes da conferência dos G7, Biden deixou claro que a contenção da China e as sanções à Rússia estariam presentes em todos os percursos da sua viagem no continente europeu, até à cimeira com Putin.