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Dadas as limitações do programa FCT-Tenure, muito investigadores da Universidade de Aveiro estão a concorrer à 7.ª Edição do Concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual, mas há um problema: as candidaturas estão condicionadas à existência de financiamento para cobrir a eventual indemnização em final de contrato.

Dizer «aos mais de 3 600 investigadores precários e aos 13 mil bolseiros que têm o seu futuro hipotecado» que tudo ficará resolvido com a revisão de uma carreira que já existe é, «no mínimo, anedótico», considera a presidente da ABIC.

Nas vésperas da Manifestação Nacional Contra a Precariedade na Ciência, o AbrilAbril conversou com a presidente da ABIC, recentemente reeleita, sobre as lutas por melhores condições de trabalho e por outro sistema científico e tecnológico nacional.

A concentração, frente ao Parlamento, convocada pela ABIC para as 10h desta sexta-feira, realiza-se em simultâneo com o plenário onde vai ser discutida a petição (mais de 8 mil assinaturas) pelo fim das taxas de entrega.

No dia 13 de Abril, às 11h30, em frente ao metro do Pólo Universitário do Porto, a ABIC vai exigir a Revogação do Estatuto do Bolseiro de Investigação e a substituição de todas as bolsas por contratos de trabalho.

«Terá sido aprovado o regime de concursos internos de promoção a categorias intermédias e de topo das carreiras docentes do ensino superior e da carreira de investigação científica», sem negociação com os sindicatos.

Para o secretário-geral da Fenprof, é «inacreditável» que, mais de quatro anos depois, ainda haja homologações em falta e, portanto, trabalhadores e serviços suspensos à espera da conclusão dos processos.

Os bolseiros científicos vão voltar a protestar, esta segunda-feira, frente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, em Lisboa, pela prorrogação do prazo de todas as bolsas devido à pandemia de Covid-19.

Uma delegação composta por elementos da Fenprof e da ABIC reuniu com o ministro da Ciência e do Ensino Superior, tendo este apresentado dois documentos sobre carreiras científicas e investigação.

Na sequência de um protesto de bolseiros e investigadores, o ministro Manuel Heitor assegurou esta sexta-feira a prorrogação das bolsas de investigação que tenham sido prejudicadas pela pandemia.

A ABIC e a Fenprof convocaram os investigadores para um protesto, esta sexta-feira, pelas 14h, para exigir a prorrogação de todas as bolsas e a integração dos bolseiros nas respectivas carreiras.

A ABIC lançou, esta segunda-feira, um abaixo-assinado exigindo a urgente prorrogação de todas as bolsas em curso ou que tenham terminado durante a vigência das medidas de contingência.

A precariedade laboral na investigação científica mantém-se e muitos trabalhadores resistem por terem uma «paixão pela Ciência», concluiu a socióloga Ana Ferreira, autora do inquérito agora divulgado.

Exigindo o «urgente desbloqueamento do processo», a Fenprof enviou uma carta ao primeiro-ministro sobre o atraso na integração destes trabalhadores, no âmbito da regularização dos vínculos precários.

Para a Fenprof, é um «escândalo» que 70% dos investigadores já homologados para regularização no PREVPAP aguardem há mais de nove meses pelos concursos para ingressarem na carreira.

A associação alerta para os constrangimentos à investigação, fruto das medidas de contingência, e exige que todos sejam contemplados pelas medidas de apoio, independentemente do tipo de bolsa.

Os pareceres favoráveis à integração dos trabalhadores do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária datam de 2018 mas, sem a concretização do processo, alguns encontram-se sem remuneração.

A ABIC e o STFPSN promoveram esta tarde uma acção de protesto junto à estátua do Prometeu, no campus de Gualtar, para denunciar as consequências «ilegais» do processo de regularização dos vínculos.