Hoje está a decorrer a greve dos trabalhadores da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal. O Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas (STEFFAs) fez um «balanço positivo» da adesão à greve pela actualização dos salários.
«As principais secções de produção estão com adesões superiores a 50%, algumas com 80% e outras estão mesmo com a produção parada», referiu à imprensa Alexandre Plácido, do STEFFAs.
Segundo o dirigente sindical, há trabalhadores «a dar nota que por dificuldades económicas vão fazer meio dia de greve». A reivindicação principal destes trabalhadores prende-se com a actualização da tabela salarial. Exigem uma actualização de 4%, num mínimo de 40 euros.
«A actualização salarial é inexistente há quatro anos apesar da empresa ter tido 35 milhões de euros de lucro líquido nestes quatro anos. Há trabalhadores a levarem pouco mais de 600/700 euros para casa e com responsabilidades», sublinhou o dirigente sindical.
No último contacto que o sindicato teve com a empresa, dia 21 de Junho, a empresa mostrou-se «inflexível» em relação a uma actualização dos salários.
Além da questão salarial, os trabalhadores da OGMA - que a 13 de Abril fizeram uma manifestação pelas ruas de Alverca - estão também em luta «contra as imposições do banco de horas, de alterações aos horários de trabalho e na marcação e gozo de férias».
O sindicato fala ainda num «programa de despedimentos encapotados» e em «clima de repressão e medo» entre os trabalhadores da empresa, tendo já sido efectuadas algumas denúncias à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
A greve iniciou-se às 6 horas e terminará às 6h30 de sábado.
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