As negociações de revisão da tabela salarial da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal foram concluídas no passado dia 21, após uma reunião que não estava inicialmente agendada, revela o Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas e Empresas de Defesa (STEFFAs/CGTP-IN) através de comunicado.
O acordo salarial alcançado prevê uma actualização de todos os níveis da tabela salarial em 2%, com retroactivos a Junho, e de 3,5% a partir de 1 de Janeiro do próximo ano.
A par da valorização em 5,5%, no espaço de seis meses, o sindicato sublinha a «vitória» de se ter alcançado, conforme proposta aprovada em plenários pelos trabalhadores, a extinção dos níveis 10 e 11 da tabela salarial. «Trata-se de uma vitória muito importante na luta por um modelo de melhores salários na OGMA», que na prática se traduz num aumento do salário mínimo de admissão na empresa em cerca de 138 euros.
Este aumento, frisa o STEFFAs, «faz, finalmente, o salário mínimo na OGMA descolar do salário mínimo nacional, de forma visível, colocando-o também acima do patamar dos 850 euros», representando a conquista de «importantes reivindicações».
Com a eliminação dos dois níveis mais baixos, em 1 de Janeiro de 2023, o salário mínimo de admissão na empresa passa de 752 euros (valor do actual nível 10) para cerca de 890 euros (valor do nível 12 após as actualizações de 2 e de 3,5%).
Com este reposicionamento e as actualizações previstas, as várias dezenas de trabalhadores colocados no nível 11, que são quem aufere os salários mais baixos na empresa (actualmente não há trabalhadores no nível 10), terão, com o reposicionamento no nível 12 e as actualizações, um aumento de cerca de 95 euros.
A importância desta medida, sublinha o sindicato, tem eco na empresa, uma vez permitir a criação de «melhores condições para atrair, motivar e fixar futuros trabalhadores».
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