«A luta organizada dos trabalhadores é a única forma capaz de contribuir para uma verdadeira política de esquerda, que coloque como prioridade a valorização do trabalho e dos trabalhadores», salienta-se na resolução aprovada no encontro nacional que a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) realizou no dia 13 de Setembro.
O encontro sobre acção sindical teve lugar na Marinha Grande, na delegação do SITE CSRA, e contou com a participação de cerca de 70 dirigentes da federação e dos sindicatos filiados.
Na resolução Avançar na luta, valorizar salários, defender e conquistar direitos afirma-se a necessidade de «promover e dinamizar a acção reivindicativa» em 2020, indicando vários objectivos: o aumento real e geral dos salários, a valorização dos direitos, a defesa da contratação colectiva, a luta pelas 35 horas semanais, o combate à precariedade.
Para estas reivindicações serem defendidas, a estrutura sindical considera que a acção nos locais de trabalho é «o eixo central da acção sindical a desenvolver, promovendo a apresentação de cadernos reivindicativos no máximo de empresas, em articulação com a negociação da contratação colectiva».
Tendo como referência as posições da CGTP-IN, a Fiequimetal defende um aumento salarial mínimo de 90 euros por mês para cada trabalhador e apela à luta para fixar, a curto prazo, nas empresas do sector um salário de entrada com um valor nunca inferior a 850 euros (sem prejuízo de valores mais elevados já praticados nalgumas empresas).
Admitindo que «o quadro político no futuro imediato será influenciado pelos resultados das próximas eleições para a Assembleia da República», na resolução apela-se a que seja feito «o necessário esclarecimento, junto dos trabalhadores, para que estes entendam que a sua luta é decisiva e não embarquem nas teses do mal menor, de que mais vale pouco que nada».
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