Eu gostava do Zé Pedro (não sei de quem não gostasse), gosto da música dos Xutos, esse rock que marca um tempo que é também o meu, que é o nosso – anos 80, 90, fim de século, um rio de anos até hoje. Gosto do som da guitarra do Zé Pedro, gosto da voz. E lembro as suas letras. E o seu sorriso. Por isso me deixa triste, muito triste, a notícia da sua partida.
Um dos meus temas favoritos é, justamente, «Submissão», canção que, fosse eu professor de psicopedagogia, não deixaria certamente de abordar numas imaginárias aulas de psicossociologia da adolescência. Escute-se a canção, aprecie-se a expressão de Zé Pedro e siga-se a letra:
Quando era pequeno o meu pai dizia
Olha p’ra isto que tu fizeste
É só asneiras quando tu apareces
Torna-te um homem e vê lá se cresces
Fui para a escola p’ra saber ler
Ensinaram-me coisas p’ra eu ir fazer
Maneiras de estar e maneiras de ser
E davam castigos p’ra eu aprender
Eu já vi tudo
Submissão
Já comi de tudo
Submissão
Eu já fiz tudo
Submissão
Já me fizeram tudo
Deixei a escola e fui trabalhar
Mas é pior do que andar a estudar
Oito horas por dia é muito a aturar
É tanto tempo que nem dá p’ra pensar
Eu já vi tudo
Submissão
Já comi de tudo
Submissão
Eu já fiz tudo
Submissão
Já me fizeram tudo
Esta insubmissão, que todos reconhecem na expressão musical e verbal dos Xutos, marcou muito boa gente nas últimas décadas, a começar por todos os que, entre os anos 80 e meados de 90, sentiram a pulsão da revolta contra os demolidores governos de direita de Cavaco Silva e seus acólitos (alguns dos quais se locupletaram depois no BPN, no BPP, no BANIF…), a revolta contra a falta de horizontes, os baixos salários, a má vida, as ilusões europeístas. Os Xutos eram a expressão de uma certa juventude saída da noite fria desses tempos (não, os anos 80 não foram «maravilhosos»…). E essa juventude, com os seus sonhos, não conseguimos dissociá-la das agrestes periferias urbanas, não conseguimos dissociá-la da margem sul, da luta por uma vida melhor, por uma outra sociedade, digna e justa.
Não resisto a citar aqui parte de um breve mas perspicaz texto que, em 26 de Abril de 2009, quando os Xutos celebravam 30 anos de carreira, pedi à minha amiga Ana Margarida Ramos, professora da Universidade de Aveiro e admiradora da banda, com o objectivo de o publicar no blogue «A Inocência Descompensada». Vale a pena recordar essas palavras certeiras, em que se fala de um «grupo que, nos anos 80 do século XX, denunciava o mal-estar e o ambiente opressivo da sociedade portuguesa, exprimindo desejos de fuga em textos como "Barcos Gregos" ou "N’América" e apelando a diferentes formas de resistência.» E a autora prossegue: «O desemprego, o desajuste das novas gerações, a frustração juvenil, a constatação de uma realidade perversa e uma certa franja social mais ou menos marginalizada sobem de tom com o sucesso do grupo nos finais da década de 80 e ao longo dos anos 90. Ouçam-se, entre outras, canções como “Gritos Mudos”, “Esta cidade”, “Chuva Dissolvente” ou mesmo a versão parodicamente subversiva de “A minha casinha”. O motivo do inferno, o recurso ao calão, a adjectivação expressiva, as apóstrofes e vocativos, a reiteração de ideias-chave com recurso a estruturas paralelísticas são algumas das estratégias usadas para sublinhar essa visão crítica e denunciadora que perpassa boa parte das letras do grupo.»
Ana Margarida Ramos conclui: «As críticas cantadas e/ou gritadas em concertos por um público cada vez mais vasto atingem as escolas e a educação ("Jogo do Empurra"), a economia e a política ("Estupidez"), a exploração dos mais pobres ("Dia de S. Receber"), o desemprego e a corrupção. Em 1992, no álbum Dizer não de vez ecoam muitas das críticas da oposição ao governo maioritário da altura, sublinhadas, um ano mais tarde, com a edição de Direito ao deserto. (…) A arte e a música em particular, sempre se pautaram pela capacidade de, se não mudar o mundo, pelo menos acordar as consciências. As implicações sociais do rock and roll, decorrentes da sua popularidade, fazem parte do código genético de um género e, neste caso, de uma banda que, passadas algumas décadas, ainda se mostram, surdos às censuras, fiéis às suas origens e ao público.»
Diz muito, este trecho, do significado sociocultural da música dos Xutos e do tempo que foi/é o seu, o nosso. Zé Pedro e a sua guitarra, que aqui evoco com saudade, foram um pilar, insubstituível, deste rock que não nos deixa quietos, nunca deixará. Pois, como ainda ontem, dia 30 de Novembro, dizia Camané, de lágrimas nos olhos, na televisão, lembrando a época em que começou a ouvir a banda: «Os Xutos falavam de nós, falavam do que acontecia nas nossas vidas…».
Coimbra: um espectáculo do Teatrão, que é também um tributo a M. A. Pina
Numa altura em que se assinalam cinco anos sobre a morte de Manuel António Pina, Manuel ou Como se Desenha uma Casa é o novo espectáculo infantil-e-para-todos do Teatrão – essa companhia de Coimbra que tanto tem ajudado a pensar, repensar, renovar o teatro para a infância em Portugal. Prevendo várias actividades paralelas (oficinas, por exemplo) e com direcção de Isinha Craveiro, até 6 de Janeiro, sempre às 21h30 (sábados, às 17h), este espectáculo estará em cena na Oficina Municipal de Teatro, à Rua Pedro Nunes. A equipa integra, entre outros, João Santos e Margarida Antunes de Sousa (no elenco), Jonathan de Azevedo (desenho de luz), Ana Biscaia (ilustração) e Filipa Malva (cenário e figurinos). É a continuação de uma viagem que começou em 2016, quando o Teatrão transformou a sua programação para a infância num percurso de quatro anos pelos textos de autores portugueses. A partir das palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen foi criado o mundo mágico do espectáculo Sophia. Agora, com as palavras de Manuel António Pina, nasce «um quebra-cabeças transparente»: Manuel, ou Como se desenha uma casa. E sim, é também uma forma justa, bonita de prestar tributo a um grande poeta, dramaturgo, autor de crónicas e de inesquecíveis contos, poemas e teatro para a infância, isto é, para todos (como talvez Pina gostasse de dizer). Inspirando-se em material de diversos livros do autor, este espectáculo deixa a vontade de regressar a obras que vivamente se recomendam, como Todas as Palavras: Poesia Reunida (2012), Crónica, Saudade da Literatura (2014), a ficção narrativa de Os Papéis de K. (2003), e ainda O Tepluquê (1976), o teatro de O Inventão (1987), a poesia do Pequeno Livro de Desmatemática (2001), o livro Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães (2002), o conto sobre o fascismo e o significado do 25 de Abril, que é O Tesouro (1993), a novela fantástica Os Piratas (1986) e – agora que se aproxima a quadra natalícia – o caeiriano, irreverente e comovente, O Cavalinho de Pau do Menino Jesus e Outros Contos de Natal (2010), que haveria de ganhar o Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância de 2010. Hoje, a maioria dos livros de Pina encontra-se publicada com as chancelas da Porto Editora e da Assírio & Alvim, que pertencem ao mesmo grupo, como se sabe.
Desenho em movimento – Almada, no Porto; e Ana Hatherly, em Lisboa
Com cerca de nove dezenas de obras de Almada Negreiros (1893-1970), incluindo alguns inéditos, poderá ser vista, no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, a exposição «José de Almada Negreiros: desenho em movimento». Realizada em colaboração com a Fundação Gulbenkian, estará patente até 18 de Março de 2018. São apresentadas várias obras que estiveram na exposição «José de Almada Negreiros – uma maneira de ser moderno», da Gulbenkian, mas, no Porto, e segundo a organização, haverá novidades e alguns inéditos descobertos já depois do encerramento da mostra em Lisboa. O trabalho profundamente original, irreverente, sedutor desta figura maior do nosso Modernismo e do grupo de Orpheu, que foi Almada – apaixonado pelo cinema e por tudo o que, no seu tempo, fosse expressão artística de vanguarda – é obviamente um acontecimento imperdível.
Até 15 de Janeiro de 2018, poderá ver também, na Gulbenkian, a bela exposição «Ana Hatherly e o Barroco – Num Jardim Feito de Tinta» (Galerias do Museu e Galeria do piso inferior). É na Av. de Berna, 45A, em Lisboa. Criadora inquieta e de multifacetada expressão (tal como Almada, aliás, que igualmente pintou e escreveu), Ana Hatherly (1929-2015) não foi apenas uma poeta inspirada e uma marcante artista plástica, sempre inquieta, desafiadora e apaixonada pelos caminhos do experimentalismo. Além de criadora literária, merece releitura como ensaísta e, sobretudo, como relevante estudiosa do Barroco, que, na sua vertente lúdica e labiríntica, influenciou o próprio trabalho criador da artista. Foi bem perto da Gulbenkian, ali na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Nova, que tive a sorte de, nos finais dos anos 80, ser aluno de Ana Hatherly, que aí ensinava justamente cultura e literatura barrocas. Tisanas, um ‘work in progress’ que conheceria várias edições, continua a ser aliás um dos meus livros favoritos da literatura portuguesa contemporânea. Para mim – e para muitos – uma grata memória, e uma voz e uma expressão artística a revisitar sem hesitações.
A ópera de Britten em Lisboa:
É já no sábado, dia 2, que o Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa, estreia The Rape of Lucretia, do grande compositor britânico Benjamin Britten (1913-1976), sob a direção musical de João Paulo Santos e com encenação de Luís Miguel Cintra. Trata-se de uma conhecida ópera inicialmente estreada em 1946.
Aos jornais, Cintra declarou que «o que o Britten aqui faz é uma coisa que fazemos no teatro, que é a procura da desconstrução da própria fábula ou história que se está a contar, para se fazer a análise crítica ou de reflexão sobre o que essa história permite ou à qual conduz».
A história encontra-se narrada por Tito Lívio. Nele se inspirou Shakespeare para escrever The Rape of Lucrece, em 1594. O libreto de Ronald Duncan (1914-1982), além da inspiração em Shakespeare, segue também a peça Le Viol de Lucrèce, do francês André Obey (1892-1975). O argumento baseia-se num episódio da história de Roma, contado por Tito Lívio, que marca o fim da realeza etrusca e a instauração da república romana, tendo inspirado poetas, músicos e pintores.
A produção do São Carlos subirá ao palco a 2 (20h), 3 (16h) e 5 de Dezembro (20h) de 2017, em Lisboa; e, no Porto, nos dias 5 (20h) e 7 (16h) de Janeiro de 2018, no Teatro Nacional de São João. Saiba pormenores, consultando a informação do Teatro Nacional de S. Carlos.
Uma sugestão de filme e outras sugestões para quem anda pelo Norte (Santo Tirso, Lousada)
Com o grande Harry Dean Stanton, recentemente desaparecido, Lucky, de John Carroll Lynch, com David Lynch e Tom Skerritt, é um filme que acaba de chegar às salas, e que, provavelmente, vale a pena ver.
E, se anda pelo norte, entre Minho e Douro, não esqueça que a oferta cultural é ampla, hoje em dia, em localidades como Braga, Guimarães, Famalicão, Santo Tirso, Lousada… Consulte a Internet e avalie por si. Apenas dois exemplos: a exposição O Tempo e as Formas, trabalhos de Júlio Resende nos anos 50, que é inaugurada a 7 de Dezembro, no belíssimo Museu Internacional de Escultura Contemporânea de Santo Tirso. Parceria com o Lugar do Desenho, de Gondomar, trata-se de uma iniciativa enquadrada na celebração do centenário do nascimento dessa grande figura da arte contemporânea que foi Resende.
Afonso Cruz estará em Lousada, Biblioteca Municipal, a 4 de Dezembro, pelas 18h. «Oficina de um escritor» é o título desta sessão. Por outro lado, anuncia-se, já para 2018, todo um conjunto de eventos musicais a merecerem atenção, principiando com os Capicua em 20 de Janeiro. É o ciclo «Noites acústicas», que, mais para diante, em 2018, trará os Linda Martini, Gisela João e outros. As actividades enquadradas no período natalício e as ligadas à natureza e à educação ambiental são outros pontos fortes da programação de Lousada para o mês de Dezembro.
Lisboa e Vila Franca de Xira: «Miúdos: a vida, às mãos cheias» – regresso ao neo-realismo: um curso, uma exposição, colóquios
Atenção ao curso de formação de professores, «Miúdos: a vida, às mãos cheias», que terá início a 14 de Dezembro de 2017 no quadro de um conjunto de iniciativas que se prolongará até 30 de Setembro de 2018 – um projecto de monta. Locais: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Museu do Neo-realismo e Museu João de Deus. Consulte o Cartaz da exposição, o Programa (inclui a programação completa dos cursos) e a Ficha de inscrição.
Cito a esclarecedora apresentação divulgada pelo Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa:
«O curso livre/curso de formação de professores “Miúdos: a vida, às mãos cheias. A infância do neo-realismo português” é composto por 8 módulos e corresponde a grande parte da programação de actividades paralelas da exposição temporária com título homónimo do Museu do Neo-Realismo, aberta ao público entre Dezembro de 2017 e Setembro de 2018.
Pretende aprofundar o conhecimento sobre a reflexão histórico-cultural, literária e artística em torno do tema da infância no movimento neo-realista. Este tópico é uma das dimensões mais significativas da construção e conquista da contra-hegemonia cultural do neo-realismo à política do espírito salazarista e ao seu fortíssimo investimento simbólico, político-organizativo e repressivo em torno daquela faixa etária. Para os neo-realistas, a criança é um dos ícones da esperança, da emancipação social e da potência transformadora de futuro.
Entre finais da década de 1930 e 1960, sem o domínio dos media audiovisuais e coarctados pela Censura e por outras formas de repressão, os neo-realistas e seus companheiros apostaram nas expressões artísticas sobre as crianças (na literatura, na pintura, escultura, fotografia, na arte pública). A partir de finais dos anos 1940, escrevendo para crianças, não raro valorizaram o cruzamento inter-artístico da literatura infantil, da ilustração/fotografia e da música.
Está implícita no projecto neo-realista a vontade de chegar a novos públicos. Para o efeito os neo-realistas criaram, de forma perseverante, sucessivas estruturas alternativas de edição, promoção e circulação das obras e respectivos autores. Lutaram contra um isolamento social forçado e não obstante a dimensão polémica intrínseca ao movimento, foram capazes de ganhar terreno e projectar uma dinâmica artística e intelectual relevante, graças às redes de sociabilidade e camaradagem que os ligavam.»
Os intervenientes serão muitos e variados. A organização é de Carina Infante do Carmo, Violante F. Magalhães, Paula Morão e a inscrição no curso deverá ser realizada até ao dia 11 de Janeiro 2018.
Livros, livros…
Termino com algumas sugestões de livros, privilegiando pequenas e médias editoras. E começo pelo grande escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) de quem a Antígona está a publicar a obra em português, edições cuidadíssimas, quer do ponto de vista das traduções (José Colaço Barreiros assina duas delas) quer do grafismo, quer ainda da materialidade e legibilidade do livro. Galeano foi um grande escritor de quem os media portugueses dominantes nunca falam. Sabe porquê? Em virtude do seu posicionamento invariavelmente anti-colonialista, anti-imperialista e anti-capitalista, e devido também à sua defesa intransigente, firme, dos direitos das mulheres e dos povos indígenas da sua América. Deixe, pois, de lado os anglo-saxónicos do costume e os seus prémios, dos quais lhe falam o Público, o DN, o Expresso e que ocupam páginas e páginas de fotos coloridas e conversa fiada, e leia, neste Natal, livros absolutamente deliciosos como O Caçador de Histórias (2017) e Mulheres (2017). Galeano é daqueles que se lê e se entende à primeira (há uma busca obstinada da simplicidade, da fluência, da elegância da prosa), mas o texto surpreende-nos sempre no final mergulhando-nos num halo poético que não nos abandona (apetece sublinhar, comentar, reler, ler a outrem). E qual o húmus de que se alimentam as suas narrativas breves e, por vezes, brevíssimas? A História, sempre; e também os universos mítico e lendário da América Central e do Sul. Quer um ensaio histórico-político? Então não deixe de ler o clássico, e controverso, As Veias Abertas da América Latina. Apetecia-me citar-lhe aqui os magníficos textos de Galeano sobre Violeta Parra, Rosa Luxembrugo, Olga Gutmann Benário Prestes e outras heroínas, mas o espaço não mo permite. Neste mês que passou – e que também foi de luta pela eliminação da violência sobre as mulheres –, Mulheres é a melhor prenda que podemos oferecer a um homem e talvez, também, a uma mulher.
E por falar em mulheres, já sabe que as (não) edições [sic], na sua colecção Cénica, acaba de publicar a imprescindível Mariana Pineda, de Federico García Lorca (1898-1936)? Não a perca. A tradução é de Miguel Martins. Um clássico. Oxalá a breve trecho suba, de novo, aos palcos.
Outro clássico – e um acontecimento, tal como o anterior: a edição de Os Contos (Dom Quixote, 2017) do grande siciliano Tomasi di Lampedusa (1896-1957), autor do inesquecível romance O Leopardo, que inspirou o célebre filme de Visconti.
De Ernest Renan (1823-1892), acaba de ser publicado O Cântico dos Cânticos (Sistema Solar, 2017), em tradução de Aníbal Fernandes. E virá a propósito lembrar a recente saída do 3.º volume da Bíblia grega (Quetzal), traduzida por Frederico Lourenço (Antigo Testamento – Os Livros Proféticos).
Mais clássicos: os Poemas de John Donne (1572-1631), o mais importante, talvez, dos poetas metafísicos ingleses, em edição bilingue, acabam de ser publicados pela Relógio d’Água, em versão bilingue, com tradução competentíssima e prefácio, de Maria de Lourdes Guimarães e Fernando Guimarães. De Jorge Luís Borges foi reeditada, na Quetzal, a Nova Antologia Pessoal, prosa e verso (vários tradutores, todos eles igualmente competentes).
Na poesia portuguesa, Só o Som por Si Só (Alambique, 2017), de António Barahona, e Tardio (Tinta da China, 2017), segundo livro de Rosa Oliveira, merecem, sem dúvida, leitura atenta. Tal como As Ruínas São Lobos que Choram (Eufeme), de Sérgio Ninguém – poeta, desenhador, capista. Uma nota para elogiar esta pequena editora de poesia que nos tem oferecido breves, mas belos e cuidados, livros de poemas, tanto excelentes traduções como poetas nacionais, e que mantém, além disso, a revista de poesia Eufeme.
Muito para ler e desfrutar, não é? Aos livros voltarei, ainda antes do Natal.
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