O despacho publicado esta quinta-feira pela secretária de Estado da Cultura homologa a nova tabela de preços, que vigorará a partir do dia 1 de Janeiro e segundo a qual a maioria dos bilhetes normais, que já tinham tido aumentos em Junho, sofrem aumentos entre os dois e os sete euros comparando com a tabela actual.
Alguns equipamentos culturais vão aumentar para o dobro, como o Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, e o Museu Nacional da Música, que vai abrir em Mafra em 2025, ou o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, de cinco para dez euros.
Os maiores aumentos – de sete euros – verificam-se em alguns dos equipamentos mais visitados do País, como é o caso da Torre de Belém, do Museu Nacional dos Coches (inclui entrada no Picadeiro Real), do Museu Nacional de Arqueologia e dos Palácios Nacionais da Ajuda e de Mafra, de oito para 15 euros, enquanto no Mosteiro dos Jerónimos, o valor passará de 12 para 18 euros, num acréscimo de seis euros.
Outros museus verão as suas entradas aumentar cinco euros, como o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, o Convento de Cristo, em Tomar, e o Mosteiro de Alcobaça, de dez para 15 euros.
Haverá equipamentos que sobem dois euros nos bilhetes, nomeadamente o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa, o Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche, o Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, e o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, de oito para dez euros.
Outros museus ficarão com os preços inalterados, como os casos do Museu Nacional do Traje e o Museu Nacional do Teatro e da Dança, ambos em Lisboa, com entradas a cinco euros, que deverão estar encerrados em, pelo menos, parte de 2025 para obras no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) e as Direcções Regionais de Cultura foram extintas no início deste ano, no âmbito de uma reorganização do Ministério da Cultura, tendo sido criadas duas entidades: o instituto Património Cultural e a empresa Museus e Monumentos de Portugal , prosseguindo o caminho de liberalização e mercantilização da Cultura. Reforma que, juntamente com a transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e a municipalização de alguns museus, decidida unilateralmente, confirma a opção de desinvestimento na Cultura por parte da Administração Central.
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