Hotelaria e Restauração

A unidade hoteleira continua sem pagar o trabalho em dia feriado com acréscimo de 200%, como previsto no contrato colectivo do sector, depois de ter sido condenada pelo Tribunal do Trabalho de Portimão.

A Fesaht reuniu, esta quarta-feira, com a secretária de Estado do Turismo, para analisar a situação social no sector e exigir medidas de apoio aos trabalhadores.

Os trabalhadores do Hotel Dona Filipa, em Loulé, estiveram em protesto esta quarta-feira para reclamar o pagamento dos salários de dois meses e dos subsídios de Férias e Natal do ano passado.

O encerramento de empresas, designadamente do ramo das conservas, e a quebra de rendimentos, também por via do lay-off, ameaçam a economia do concelho de Peniche, no distrito de Leiria, alerta o PCP.

A administração do Hotel Nave, no Porto, que ao longo de quatro meses beneficiou dos apoios do Estado, decidiu encerrar o hotel para construir um novo e mandou 17 trabalhadores para o desemprego.

Trabalhadores dos restaurantes, hotéis, cafés, pastelarias e similares manifestaram-se esta quinta-feira, em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, para exigir apoios directos.

A Fesaht não acompanha os protestos dos patrões da restauração e hotelaria, uma vez que reclamam apoios do Governo sem garantirem o emprego, os direitos e os salários aos trabalhadores.

A administração da unidade hoteleira alega quebra acentuada de receitas em 2020 para encerrar o restaurante e proceder ao despedimento, mas o Sindicato da Hotelaria do Norte faz contas diferentes.

Para evitar cenários de catástrofe no sector, é preciso avançar com medidas que defendam as micro, pequenas e médias empresas da restauração, cafés, bares e discotecas.

Uma concentração de trabalhadores junto à sede do grupo Charming serviu para denunciar os salários em atraso nesta unidade hoteleira.

O Sindicato da Hotelaria do Norte afirma que a opção do grupo Fénix, de manter encerradas quatro unidades hoteleiras na Invicta, tem como objectivo aceder a apoios estatais. 

Os trabalhadores do grupo JJW Hotels e Golf Resorts cumpriram dois dias de greve pelo pagamento dos salários em atraso e contra a degradação das condições de trabalho.

Os trabalhadores dos sectores da Alimentação, Hotelaria e Restauração têm vindo a desenvolver, na última quinzena, diversas acções, incluindo greves, concentrações de protesto e plenários.

O Sindicato da Hotelaria do Norte realizou um levantamento da situação laboral na hotelaria e restauração no distrito de Viana do Castelo, tendo detectado múltiplas irregularidades e abusos.

Ainda não tiveram resposta mais de 200 denúncias feitas à ACT pelo Sindicato da Hotelaria do Norte, desde que teve início o surto epidémico de Covid-19, agravando o «clima de impunidade geral» que se vive no sector.

A Fesaht decidiu realizar uma quinzena de luta a nível nacional, de 27 de Julho a 7 de Agosto, para lutar pela reposição de todos os direitos, por melhores salários e pela criação de um fundo especial.

Apesar das denúncias do Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN) e das acções de luta realizadas, como a concentração de trabalhadores no passado dia 23, há salários em atraso desde Março.

Milhares de trabalhadores que deixaram de receber os salários, aquando da aplicação das medidas de contenção que obrigaram ao fecho de muitos estabelecimentos, reclamam agora o cumprimento dos seus direitos.