«O sofrimento do povo sírio continua em virtude das práticas dos países ocidentais, cujos interesses e agendas prevaleceram sobre a vida dos sírios e a segurança e a estabilidade da região», disse Bassam al-Sabbagh ao intervir no Conselho de Segurança da ONU, sexta-feira, sobre a situação política e humanitária na Síria.
O diplomata indicou que o governo sírio procurou «melhorar a situação humanitária», apesar das dificuldades resultantes das medidas coercivas ilegítimas impostas por Washington e seus aliados.
«Trabalhámos para restaurar os serviços, estamos a tentar reconstruir o que foi destruído pelo terrorismo e a preparar as condições propícias ao regresso seguro e ágil dos refugiados», disse, citado pela Prensa Latina.
O diplomata sírio Faisal Mekdad denunciou que milhares de milhões de dólares foram aplicados em campanhas de desinformação por órgãos de comunicação ocidentais para minar a Síria e as suas conquistas. «A guerra contra a Síria e outros países árabes começou com muitas mentiras e destruiu muitas estruturas humanas, políticas e sociais», afirmou o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros num debate realizado quinta-feira no Palácio das Convenções de Damasco, na presença de altos funcionários russos. De acordo com Mekdad, «com a sua guerra, o Ocidente pretendia alterar a situação política e geográfica do Médio Oriente e, para alcançar esse fim, recrutou milhares de terroristas e assassinos para destruir o país e mudar os seus posicionamentos políticos, mas fracassou». Os órgãos de comunicação social ocidentais mentiram muito sobre a identidade de dezenas de milhares de terroristas que lutaram na Síria, denunciou, pois quase todos eram provenientes de países europeus e foram armados, treinados e enviados com financiamento ocidental, informa a Prensa Latina. A Casa da Cultura da cidade de Homs acolheu, esta segunda-feira, a apresentação de The Veto, da jornalista britânica Vanessa Beeley, um documentário que se centra na situação de Homs durante a guerra de agressão. O documentário, filmado por Abdul-Mun'aim Arnous, expõe as «mentiras» dos órgãos de comunicação ocidentais contra a Síria, ao mostrar o pano de fundo das conspirações que haviam sido orquestradas contra o país árabe, indica a agência SANA. Com cerca de uma hora e meia de duração, o filme aborda a tentativa do Ocidente de utilizar o Conselho de Segurança das Nações Unidas como um instrumento para exercer pressão sobre a Síria e criar condições para uma intervenção, e mostra a reacção do Ocidente face à Rússia e à China, que se posicionaram a favor da Síria, da sua soberania e integridade territorial. Da mesma forma, o documentário explica como certos acontecimentos «foram fabricados e posteriormente usados contra a Síria», e aborda o papel desempenhado por certos grupos terroristas, como a suposta organização humanitária designada Capacetes Brancos, que gozaram de amplo apoio do Ocidente. Em inglês na versão original, o documentário The Veto [O Veto] foi traduzido para sete línguas, de modo a tornar mais ampla a divulgação daquilo que procura esclarecer: o papel do Ocidente na ingerência contra a Síria. Trailer de The Veto Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Sobre as medidas coercivas unilaterais impostas ao país pelos Estados Unidos e a União Europeia, Mekdad disse que «estas injustas sanções extraterritoriais provocaram a morte de muitos sírios, libaneses e outros árabes». «Através da sua máquina mediática, eles justificam as sanções como forma de pressionar o governo sírio, sabendo muito bem que os afectados são os cidadãos comuns», frisou. O ministro revelou ainda que a cadeia britânica BBC admitiu há um mês que o governo do Reino Unido destinou cerca de quatro mil milhões de dólares a campanhas de propaganda mediática contra Damasco durante os primeiros anos da guerra. «Aquilo que foi pago e utilizado para distorcer foi muito mais e o objectivo era assassinar o povo sírio e destruir as suas conquistas», denunciou, citado pela agência Prensa Latina. Dezenas de jornalistas sírios participaram, esta quinta-feira, numa concentração em Damasco, frente à sede da União de Jornalistas da Síria, onde exigiram a libertação do seu colega Mohammad al-Saghir. O professor australiano, autor de A Guerra Suja contra a Síria, deu uma conferência em Damasco, destacando a ilegalidade das «guerras de agressão» que visam dominar os países independentes e soberanos. A conferência «Sanções ou guerra de assédio?», proferida esta segunda-feira pelo conhecido escritor e académico australiano, foi organizada pelo Instituto Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria e contou com a presença do diplomata Bashar al-Jaafari – durante vários anos representante do país árabe nas Nações Unidas. Na ocasião, al-Jaafari apresentou as conhecidas obras de Tim Anderson, Guerra Suja contra a Síria (2016) e Eixo da Resistência (2020), afirmando que em ambas o professor da Universidade de Sidney demonstrou que «as sanções, as intervenções humanitárias e a protecção de civis» eram meras palavras e conceitos para reintroduzir o colonialismo de uma nova forma, que Anderson designou como «neocolonialismo». «Anderson demonstrou que "as sanções, as intervenções humanitárias e a protecção de civis» eram meras palavras e conceitos para reintroduzir o colonialismo de uma nova forma» O apoio de Tim Anderson à Síria não se limitou ao período da guerra terrorista, disse o actual vice-ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, sublinhando ainda que o académico australiano foi dos primeiros a alertar para o perigo de se ser arrastado por conceitos como «Primavera Árabe» e «Revolução Popular», entre outros, igualmente enganadores, que começaram a ser promovidos e divulgados a partir da Tunísia no início de 2011, informa a agência SANA. Por seu lado, Anderson, ao aprofundar temas como «guerra híbrida», «guerra económica como sanções» e «guerra de assédio», defendeu que o declínio do poder económico de Washington levou os EUA a lançar uma série de «guerras híbridas», numa tentativa de manter a sua posição, influência e domínio no mundo. A assessora política e de imprensa da Presidência síria destacou a importância de resistir às imagens distorcidas promovidas pela imprensa ocidental, e de mostrar o que se passa na região ao mundo. Intervindo no seminário «A Propaganda das Guerras», que decorreu esta quarta-feira na Biblioteca Nacional al-Assad, em Damasco, Bothaina Shaaban afirmou que os órgãos de comunicação social nacionais e a «imprensa de resistência» conseguiram romper o bloqueio mediático imposto à Síria, bem como o repúdio, tantas vezes expresso por aqueles órgãos, em entrevistar funcionários governamentais sírios, indica a agência SANA. No seminário, organizado pelo Ministério sírio da Cultura, a conselheira política e mediática de Bashar al-Assad frisou que a Administração norte-americana se apercebeu da importância do papel dos meios de comunicação nas operações militares desde a guerra do Vietname e, em guerras subsequentes, procurou mobilizar sistemas mediáticos completos para promover os seus planos militares, tal como aconteceu na agressão ao Iraque em 2003. Abordando as dimensões da guerra mediática movida contra a Síria, a assessora presidencial acrescentou que, «desde os primeiros dias da guerra, foram retirados do país os embaixadores ocidentais e os correspondentes das agências noticiosas, e foram encerrados os escritórios dos órgãos de comunicação, tendo sido substituídos por pessoas a quem se deu o falso nome "testemunhas", que não cumpriram com a ética profissional». «O propósito subjacente a tudo isso foi o de demonizar as instituições sírias e o de justificar uma agressão externa contra o país», denunciou. Para Bothaina Shaaban, «a guerra contra a Síria refutou aquilo que os media ocidentais promovem sobre si mesmos no que respeita a credibilidade e objectividade, bem como as alegações de liberdade e neutralidade». O investigador e escritor australiano Tim Anderson – autor da obra Dirty War on Syria [A Guerra Suja contra a Síria] – sublinhou que a propaganda mediática fez parte da guerra contra sete países na região, incluindo a Síria. Anderson afirmou que a «imprensa colonial» trabalha no sentido de tornar a guerra num facto normal e num estado natural das coisas dentro do mundo da política, procurando passar a imagem de que a intervenção é levada a cabo com propósitos humanitários. Mas o que está em causa, observou, é esmagar estados que põem em causa esse projecto colonial e procuram defender a sua soberania. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Anderson referiu que as «medidas coercivas unilaterais» adoptadas por Washington sob a designação de «sanções» são «ilegais», na medida em que o direito internacional proíbe a coerção económica através do princípio de não ingerência inscrito na Carta das Nações Unidas. Em resposta a questões colocadas pelo público, o académico destacou a importância de diferenciar aquilo a que os EUA e os seus aliados chamam «sanções» da «guerra de assédio» imposta à Síria, com que se pretende subjugar a Síria e outros países independentes e soberanos. O escritor australiano, que sublinhou a ilegalidade das guerras económicas norte-americanas contra países independentes – numa clara violação de todas as leis e tratados internacionais –, instou ao reforço das campanhas destinadas a informar a opinião pública ocidental de forma objectiva sobre a dimensão da «guerra de agressão» travada contra a Síria, que é acompanhada por uma propaganda hostil que visa implementar as agendas de EUA e UE. Em declarações à Prensa Latina em Damasco, o escritor australiano falou sobre A Guerra Suja contra a Síria, livro em que aborda a feroz campanha mediática contra o país árabe e no qual procurou refutar «as mentiras e falsidades» divulgadas pela comunicação social dominante, recorrendo a dezenas de testemunhos de militares e civis, vítimas do terrorismo, recolhidos durante as dez visitas que fez à Siria desde 2013. Na Síria, apercebeu-se de uma «desinformação sem precedentes na história da memória viva da humanidade», disse, acrescentando que a ideia do seu livro colheu inspiração nas campanhas lançadas contra Cuba, a Venezuela e outros países progressistas e anti-imperialistas da América Latina, que enfrentaram «acusações falsas» sobre direitos humanos, liberdade e democracia. «[Tim Anderson] lamentou que alguns movimentos de esquerda nos países ocidentais tenham caído na armadilha de acreditar que a chamada Primavera Árabe era uma "revolução"» Tim Anderson disse à Prensa Latina que enfrentou enormes pressões para que mudasse de atitude e que chegou a ser despedido da universidade por causa das suas opiniões sobre a Síria e por criticar os ataques israelitas ao povo palestiniano. «Estas pressões não me dissuadiram nem afectaram as minhas convicções; pelo contrário, deram-me mais uma razão para investigar e defender a verdade», frisou. Lamentou que alguns movimentos de esquerda nos países ocidentais tenham caído na armadilha de acreditar que a chamada Primavera Árabe era uma «revolução». No que respeita às tentativas de desestabilizar a Cuba, o escritor mostrou a sua confiança na capacidade do povo para derrotar as investidas do imperialismo. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Al-Saghir foi sequestrado em 2019, quando circulava entre as cidades de Hasaka e Qamishli, por milícias curdas apoiadas por Washington, as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), revela a agência SANA. «O nosso correspondente foi sequestrado simplesmente porque exercia a sua profissão e fazia uma cobertura que denuncia as forças de ocupação norte-americanas e o seu saque das riquezas do país», informou em comunicado o canal nacional Ikhbariya TV. A Federação Internacional de Jornalistas pediu a libertação imediata de al-Saghir, tal como o ministro sírio da Informação, Ahmad Dawa. «Ele não cometeu nenhum crime e foi preso por transmitir aquilo que se passa no Nordeste da Síria», disse Dawa à SANA. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Milhões de dólares foram investidos na guerra mediática contra a Síria
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«The Veto» expõe manipulação mediática ocidental na guerra contra a Síria
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Solidariedade com jornalista sequestrado por milícias no Nordeste do país
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Tim Anderson foi dos primeiros a alertar para o «engano» das «primaveras árabes»
Medidas coercivas unilaterais são ilegais
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Síria continua a resistir à distorção informativa ocidental
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Síria: «desinformação sem precedentes na história da memória viva da humanidade»
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No entanto, insistiu, estes esforços chocam com enormes obstáculos, que limitam o alcance dos resultados desejados e a sua repercussão no bem-estar do povo sírio.
«Antes da guerra, a Síria era auto-suficiente em muitos produtos agrícolas, mas actualmente vê-se obrigada a importá-los», explicou o representante permanente sírio junto das Nações Unidas.
Neste sentido, esclareceu, o país levantino precisa hoje de importar 1,5 milhões de toneladas de trigo, quando costumava produzir 2,5 milhões de toneladas por ano, e isso deve-se, segundo afirmou, ao saque do trigo por parte de Washington no Nordeste do país.
Al-Sabbagh acrescentou que, antes de 2011, a Síria gerava 9500 megawatts de energia eléctrica e, hoje, a sua produção não ultrapassa os 2600 megawatts – um défice que é provocado pelo roubo norte-americano do petróleo e do gás sírios.
O Ministério do Petróleo e dos Recursos Minerais revelou, este sábado, a dimensão dos danos causados ao país no sector da energia pela guerra de agressão, o terrorismo e a ocupação. As tropas norte-americanas e as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS) saquearam em média, ao longo de 2021, 70 mil barris de crude por dia das jazidas no Nordeste do país, informou o Ministério sírio do Petróleo numa conferência de imprensa em Damasco. A produção do ano passado ascendeu a 31,4 milhões de barris, com uma média diária de 85,9 mil barris, revelou a tutela. Destes, apenas 16 mil foram transportados diariamente para refinarias e outras infra-estruturas do Estado; os outros 70 mil «foram roubados pelas forças de ocupação e pelos seus mercenários dos campos petrolíferos ocupados na região Leste do país», informou o ministério, citado pela agência SANA. As tropas dos EUA, que continuam a levar o crude sírio para território iraquiano, instalaram uma refinaria de petróleo na província síria de Hasaka, informou a imprensa este domingo. A nova infra-estrutura, que tem capacidade para refinar 3000 barris de petróleo por dia, foi construída pelas forças de ocupação norte-americanas e pelas chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), milícias maioritariamente curdas que recebem apoio e treino de Washington. Fontes locais, citadas pela agência estatal SANA, revelaram que a refinaria se encontra nos campos petrolíferos de Rmelan, acrescentando que irá acelerar o volume de pirataria e saque dos recursos naturais do país por parte de Washington. Ainda neste contexto, a SANA indica que, no sábado, uma caravana de 79 veículos, em que se incluíam camiões-cisterna com petróleo, escoltada por quatro viaturas militares norte-americana, saiu da região com destino ao Iraque, através da passagem ilegal de al-Walid. O vice-ministro sírio do Petróleo, Abdullah Khattab, denunciou este domingo que os Estados Unidos e as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS) roubam cerca de 80% da produção de crude. «A nossa produção de petróleo ascende agora a 100 mil barris, 20 mil dos quais são processados nas refinarias do país, enquanto cerca de 80 mil são roubados pelas tropas de ocupação norte-americanas e a sua milícia FDS», disse o ministro numa entrevista à TV nacional. Em 2010, ano anterior ao início da guerra de agressão, a Síria produzia cerca de 400 mil barris de petróleo, refinando 250 mil no país e exportando 150 mil, acrescentou, citado pelo periódico Al-Watan. Síria e Rússia denunciaram que os EUA mantêm práticas que obstaculizam o regresso da população deslocada às áreas libertadas, apoiando os seus mercenários em acções terroristas contra o Estado sírio. Os comités de coordenação sírio e russo para o regresso dos refugiados afirmaram esta quinta-feira, em comunicado, que «continuam a trabalhar para criar condições propícias ao retorno dos refugiados e para lhes fornecer toda a assistência possível com vista a garantir o seu regresso voluntário e seguro a casa». O documento, divulgado pela agência estatal SANA, refere que os Estados Unidos e os seus aliados continuam a colocar obstáculos ao regresso dos cidadãos sírios a suas casas, «apoiando grupos terroristas armados, além de imporem sanções económicas ao abrigo da chamada Lei César, o que constitui uma clara violação do direito internacional». Autoridades russas e sírias denunciaram esta segunda-feira que os EUA apreendem a ajuda enviada pela ONU aos refugiados no campo de Rukban e a distribuem por grupos extremistas aliados. De acordo com a nota ontem emitida pelo comité conjunto de Síria e Rússia para o regresso dos refugiados, os Estados Unidos estão a explorar a situação humanitária no campo de Rukban, perto da fronteira com a Jordânia, para confiscar a ajuda enviada pelas Nações Unidas e a redireccionar para combatentes extremistas, depois de ter transformado o campo num centro de treino para terroristas, noticia a PressTV. O texto sublinha que os EUA continuam a dificultar todos os esforços que tenham como objectivo o encerramento do campo e a impedir as pessoas ali detidas de saírem para áreas libertadas do terrorismo. O comité conjunto sírio-russo reitera a disposição e prontidão do governo de Damasco para receber todos os residentes no campo de Rukban, que «estão reféns dos EUA e dos seus mercenários terroristas», e garantir a sua segurança, além de lhes fornecer «condições de vida decentes». Síria e Rússia denunciaram em múltiplas ocasiões a acção dos EUA no que respeita ao bloqueio da ajuda humanitária ao campo de Rukban, bem como o boicote norte-americano à iniciativa russo-síria de facultar os meios para a evacuação de todos os deslocados sírios ali retidos, que começou a ser posta em prática a 19 de Fevereiro de 2019, por via da criação de corredores humanitários. A falta de assistência médica, de comida, água e condições sanitárias no campo, bem como a sujeição dos refugiados aos grupos terroristas, também tem sido apontada de forma reiterada. O campo de Rukban já foi apelidado de «campo da morte». O coronel Mikhail Mizintsev, do Ministério russo da Defesa, chegou a afirmar que lhe fazia lembrar os «campos de concentração da Segunda Guerra Mundial», sublinhando que «a responsabilidade total da situação humanitária escandalosa em Rukban é dos EUA». As tropas de ocupação norte-americanas fizeram sair da província síria de Hasaka para o Iraque uma caravana de 45 camiões carregados com toneladas de trigo e cevada, informa a agência SANA. Citando fontes locais na cidade de Rmelan, a agência estatal noticiou que os veículos partiram da base militar ilegal de Kharab al-Jir, junto à localidade de al-Malikiya, e seguiram para o Iraque através da passagem fronteiriça ilegal de al-Walid. As forças militares dos EUA, em conluio com as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), «continuam a roubar e saquear» diariamente os recursos naturais da Síria, nomeadamente as riquezas do subsolo e as culturas dos campos, denunciam as autoridades. Este ano, pelo menos três caravanas norte-americanas com cereais saqueados às quintas do Nordeste da Síria seguiram para o Iraque, sempre via al-Walid. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Ao longo dos últimos dez anos, a parte norte-americana e os seus parceiros têm estado a fabricar informação com o propósito de controlar a consciência social e alterar os factos em linha com a política destruidora do Ocidente contra o Estado sírio, que está a lutar contra o terrorismo internacional», frisa a nota. «Através destas acções», denuncia, Washington «está a tentar diminuir a importância dos esforços e sacrifícios do povo sírio, que lutou heroicamente contra a organização terrorista Daesh e outros grupos radicais». A nota insta «a parte norte-americana a acabar com as pressões e a desestabilização da situação social e económica na Síria, a suspender as sanções ilegais e a retirar suas forças de todos os territórios sírios que ocupa». A base área de Kharab al-Jeir, na província de Hasaka, recebeu esta quinta-feira uma caravana de 40 camiões carregados com armas, munições e outros equipamentos bélicos e logísticos, informaram fontes locais, citados pela TV estatal e pela SANA. A caravana entrou em território sírio a partir do Iraque, através da passagem fronteiriça ilegal al-Walid, habitualmente utilizada pelas tropas norte-americanas. Outra caravana de viaturas blindadas e camiões, carregados com armamento e material logístico, digiriu-se na quarta-feira para a base recentemente criada no campo de gás de Konico, no Nordeste da província de Deir ez-Zor, informou a SANA. As forças norte-americanas fizeram entrar no país árabe uma nova caravana de camiões carregados com equipamento logístico e militar. A caravana composta por 45 camiões que transportavam equipamento militar, combustível e veículos com tracção às quatro rodas entrou no sábado em território sírio, proveniente do Iraque, através da passagem fronteiriça ilegal de al-Walid, segundo informou o canal da RT em língua árabe, com base em fontes locais. Os camiões seguiram pela estratégica auto-estrada M4 e dirigiram-se para bases ilegais que os EUA possuem nas províncias de Hasaka e Deir ez-Zor, ricas em petróleo, gás e cereais. As notícias do reforço das bases norte-americanas no Nordeste da Síria sucedem-se, com o Pentágono a justificar a presença das suas tropas com a necessidade de evitar que os campos petrolíferos caiam em poder do Daesh. No entanto, o governo de Damasco tem denunciado repetidamente a presença militar norte-americana em território sírio como «ilegal» e como «ocupação», sublinhando que as forças ali destacadas promovem, em conluio com as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), o saque dos recursos do país. O governo sírio, assim como o Kremlin, tem acusado Washington de apoiar directa e indirectamente grupos terrorristas na Síria, incentivando a sua actividade e contribuindo para o seu ressurgimento. As denúncias sobre o envolvimento activo dos EUA e de outras potências ocidentais com grupos terroristas na Síria – em al-Tanf, no Nordeste ou em Idlib – têm sido sustentadas também por depoimentos de desertores. No início deste mês, o comité conjunto de Síria e Rússia para o regresso dos refugiados acusou os Estados Unidos de estarem a explorar a situação humanitária no campo de Rukban, perto da fronteira com a Jordânia, para confiscar a ajuda enviada pelas Nações Unidas e a redireccionar para combatentes extremistas, depois de ter transformado o campo num centro de treino para terroristas. Cerca de uma dezena de veículos militares, carregados com toneladas de trigo, deixaram este sábado a província síria de Hasaka e entraram no Iraque, noticiou a agência SANA. Fontes locais disseram à agência que os veículos foram carregados com as colheitas armazenadas nos silos da aldeia de Tal Alou e que seguiram escoltados por militantes das FDS. Este ano, pelo menos três caravanas norte-americanas com cereais saqueados às quintas do Nordeste da Síria seguiram para o Iraque, sempre via al-Walid. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Por outro lado, meios de comunicação sírios revelaram que os EUA transportaram de helicóptero, para a base de al-Shaddadi, em Hasaka, cerca de 30 membros do Daesh que estavam detidos numa prisão, em Qamishli, à guarda das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), milícia mercenária de Washington. De acordo com a Prensa Latina, os terroristas foram depois transportados para uma base dos EUA em al-Tanf, perto da fronteira com o Iraque e a Jordânia. O governo de Damasco denunciou que os ataques recentes do Daesh contra militares e civis no deserto sírio foram planeados e apoiados pelas forças de ocupação norte-americanas, que lhes prestam apoio com armas e informações secretas, para prolongar a guerra no país árabe. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Actualmente, dependemos das importações para garantir as necessidades de hidrocarbonetos e, apesar do bloqueio e das enormes dificuldades, desde há dois meses existe estabilidade no abastecimento de derivados de petróleo», afirmou Khattab. No que respeita à distribuição, revelou que a quantidade entregue depende da disponibilidade. Esclareceu ainda que é dada prioridade a padarias, hospitais, fábricas e entidades produtivas do sector público. De acordo com Damasco, Washington intensificou a guerra económica contra a Síria ao ocupar 90% das zonas de produção petrolífera do país. Além disso, por via da chamada Lei César, os EUA impõem sanções a qualquer empresa de qualquer país que tenha relações comerciais com Damasco. Pelo menos três explosões foram registadas na base ilegal dos EUA junto ao campo de gás de Konico, na província de Deir ez-Zor (Nordeste da Síria), informa a Prensa Latina com base no portal Athr Press. De acordo com a fonte, as explosões, ocorridas no sábado à noite, estão relacionadas com os treinos que as forças do Pentágono dão aos membros das FDS, uma milícia maioritariamente curda, apoiada por Washington. Por seu lado, a RT Arabic, citada pela PressTV, refere que as explosões na base norte-americana se devem a um ataque com mísseis e que, na sequência do alegado ataque, um grande número de helicópteros militares sobrevoou a zona. Um desertor capturado admitiu ter sido treinado e pago pelos EUA, e que os «militantes» foram enviados para o Eufrates para realizar acções de sabotagem. Quem quer ganhar mais vai para Hasaka ou Idlib. As tropas de ocupação norte-americanas, que controlam uma área de 55 quilómetros em redor da base ilegal de al-Tanf, no Sul da Síria, têm sido reiteradamente acusadas por Damasco e Moscovo de impedir a saída dos refugiados daquela região, em particular do campo de Rukban. Além disso, os russos chegaram a chamar à zona estratégica que circunda al-Tanf – onde se juntam as fronteiras da Síria, da Jordânia e do Iraque – um «grande buraco negro», uma zona controlada pela coligação liderada pelos norte-americanos, onde, acusa Moscovo, operam e são treinados combatentes terroristas. As informações agora veiculadas pela imprensa – agências Sputnik, TASS e Prensa Latina e os portais Fort Russ e News Front, entre outros –, com base no depoimento de um desertor capturado em Fevereiro, vêm confirmar as acusações russas. Sultan Aid Abdella Souda, preso como desertor pelos serviços secretos do Exército Árabe Sírio (EAS) ao tentar regressar a território controlado pelo governo, afirmou que, em 2016, se juntou ao grupo jihadista Maghawir al-Thawra, tendo sido treinado por instrutores norte-americanos em «actividades subversivas». No depoimento – gravado em vídeo pelos militares sírios, que o puseram à disposição da imprensa russa e síria –, Souda revelou que eram os «americanos» que planeavam as operações e que pagavam aos «militantes» um salário mensal de 500 dólares. Quanto às armas, «não havia problemas: eram-nos fornecidas pelos próprios militares norte-americanos. Foram importadas através da Arábia Saudita e da Jordânia», disse o desertor do EAS, precisando que eram de fabrico chinês ou de países da NATO. «Depois de treinados pelos instrutores norte-americanos, eles [os terroristas] eram enviados para o Leste, para o Eufrates, para levar a cabo acções de sabotagem, sobretudo em instalações petrolíferas e infra-estruturas controladas pelo governo, para intimidar as pessoas e causar danos», revelou Souda, citado pelo portal fort-russ.com. Souda afirmou não saber o que se passou, mas, a dada altura, os norte-americanos «reduziram os fundos» e disseram aos jihadistas que, «se queriam ganhar mais, tinham de realizar operações fora da zona de 55 quilómetros» em redor da base ilegal de al-Tanf. «Alguns militantes foram enviados para a província de Hasaka, outros para a de Idlib», acrescentou o antigo coronel agora detido pelas forças de segurança sírias, deixando assim claro o envolvimento dos EUA com as forças terroristas que o EAS e seus aliados combatem, com vista à libertação do país levantino. De acordo com a Sputnik, Souda desertou em 2013 na sequência de ameaças contra a sua família por parte do Daesh e, em 2016, começou a colaborar com os militares dos EUA, tornando-se um comandante de um ponto de apoio em al-Tanf. Em Dezembro de 2019, foi preso, por um período de 58 dias, por usar o telemóvel no território da base militar ilegal norte-americana, que decidiu abandonar posteriormente, com a sua família, revela a mesma fonte. Preso pelos serviços secretos militares sírios, facultou informação sobre grupos armados ilegais, a quantidade de pessoal e armas na base norte-americana, e a localização de algumas instalações importantes. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Também na base de al-Tanf, junto à fronteira da Síria com a Jordânia e o Iraque, se registaram explosões, ontem à tarde, noticiou a agência SANA. O canal de notícias iraquiano Sabereen News também reportou a existência de várias denotações no local. Ainda que não haja certeza quanto à origem das explosões, as fontes lembram que as forças dos Estados Unidos têm estado a realizar ali exercícios conjuntos com grupos extremistas que se opõem ao governo sírio. Há muito que Damasco e Moscovo denunciam a utilização da base ilegal de al-Tanf para o treino de terroristas, que depois são transferidos para o deserto para atacar posições do Exército e zonas habitacionais. Estes últimos exercícios – refere a Prensa Latina – tiveram início em Outubro e fazem parte de um plano norte-americano e britânico para aumentar a capacidade combativa dos grupos extremistas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Nos últimos meses, estas caravanas têm saído da Síria regularmente, com petróleo roubado, apesar da oposição das populações na província de Hasaka, que tem impedido algumas caravanas de passar nas suas aldeias, obrigando-as a voltar para trás. Em Dezembro do ano passado, o Ministério sírio do Petróleo denunciou que os Estados Unidos e as chamadas FDS roubam cerca de 80% da produção de crude do país levantino, forçando-o a depender das importações para cobrir as necessidades. Depois da tentativa falhada do Ocidente de derrubar o governo de Bashar al-Assad, com a ajuda de potências regionais e grupos terroristas no terreno, Washington intensificou a guerra económica contra a Síria, ocupando 90% das zonas de produção petrolífera do país e impondo-lhe um bloqueio e sanções, tal como a União Europeia. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. A tutela estima que o valor das perdas directas e indirectas infligidas ao sector desde o início da guerra de agressão contra o país árabe – promovida por potências ocidentais, Israel, Turquia, ditaduras do Golfo – ronde os 100 mil milhões de dólares. Durante a guerra, como resultado de ataques a refinarias e infra-estruturas de produção de gás natural, foram mortos pelo menos 235 trabalhadores do sector, outros 46 foram feridos e 112 foram sequestrados, acrescentou. No que respeita à produção de gás natural, a tutela precisou que o país produziu diariamente 12,5 milhões de metros cúbicos, 79% dos quais se destinaram a alimentar as centrais eléctricas. De acordo com as autoridades sírias, a crise dos hidrocarbonetos agravou-se com a intensificação da guerra económica contra o país, sendo que as forças de ocupação norte-americanas e as milícias mercenárias dominam 90% das zonas de produção de petrolífera. A isto acresce o bloqueio e as sanções impostos pelos EUA e seus aliados. Antes de guerra, em 2011, a Síria produzia cerca de 400 mil barris diários de crude, segundo dados divulgados pelo Ministério do Petróleo em Dezembro último. Actualmente, é obrigada a importar petróleo para satisfazer as necessidades domésticas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
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Camiões com trigo e cevada levados para o Iraque
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Washington reforça bases e transporta terroristas
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Washington reforça bases e saqueia o trigo no Nordeste da Síria
Tropas dos EUA saqueiam trigo
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Explosões em bases ilegais dos EUA na Síria
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Síria: desertor revela mais detalhes do envolvimento dos EUA com terroristas
Terroristas treinados e pagos pelos EUA
De al-Tanf para Hasaka e Idlib
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Também os cuidados de saúde e a indústria farmacêutica estão a sentir dificuldades resultantes do embargo, privando os sírios do direito básico à saúde.
«As medidas coercivas unilaterais impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) tiveram impacto nos sectores bancário, energético, de telecomunicações, bem como nos de transporte terrestre, marítimo e aéreo. Também afectaram o trabalho das Nações Unidas e outras organizações internacionais que operam na Síria», notou o embaixador, citado pela PressTV.
A melhoria da situação no país árabe, defendeu al-Sabbagh, requer uma mudança no foco político ocidental, o fim das medidas coercivas ilegítimas, acabar com a ocupação estrangeira e interromper o apoio às milícias e organizações terroristas.
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