Em comunicado, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) «saúda a atribuição do Prémio Nobel da Paz à Campanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês) e considera que esta representa um incentivo à acção de todos quantos intervêm pela abolição das armas nucleares, pelo desarmamento, pela paz».
A decisão foi anunciada esta manhã e a atribuição à ICAN foi justificada pelo Comité Nobel devido ao trabalho na denúncia das «consequências humanitárias catastróficas» associadas a «qualquer uso de armas nucleares» e em defesa da sua proibição.
«Não esquecendo a controvérsia que rodeou a atribuição do Prémio Nobel da Paz noutros momentos», o movimento da Paz português afirma que a exigência de um mundo livre de armas nucleares é «uma aspiração dos povos e do movimento da paz», «que teve no Apelo de Estocolmo, promovido no início dos anos 50 pelo Conselho Mundial da Paz, a sua primeira e grande expressão ao nível mundial».
O CPPC considera ainda que «a exigência da abolição das armas nucleares e da sua não-proliferação, do desanuviamento das relações internacionais, do desarmamento universal, simultâneo e controlado, da paz, adquire uma ainda maior importância» num momento em que o número de armas nucleares existente no Mundo deve ascender a 15 mil ogivas.
Há 72 anos, os EUA realizaram os primeiros e, até hoje únicos, bombardeamentos com bombas nucleares, destruindo as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui, provocando milhares de mortos e cujos efeitos se mantêm até hoje.
No comunicado, «o CPPC recorda a adopção, no passado dia 7 de Julho nas Nações Unidas, do Tratado pela Proibição das Armas Nucleares, entretanto aberto à subscrição a partir de 20 de Setembro, tendo sido já assinado por 53 países», para o qual a ICAN contribuiu.
A estrutura recorda ainda que, a 26 de Setembro (Dia Internacional para a Abolição das Armas Nucleares), lançou a petição «Pela assinatura por parte de Portugal do Tratado de Proibição de Armas Nucleares - Pela paz, pela segurança, pelo futuro da Humanidade!», convidando «todos os amantes da paz a subscreverem e a divulgarem».
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