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Estados Unidos, Grã-Bretanha e França atacam Síria

Trump, May e Macron antecipam-se à chegada dos inspectores da OPAQ a Douma. Damasco: agressão perpetrada por regimes arrogantes e frustrados pela derrota da conspiração contra a Síria.

Um míssil das defesas aéreas da Força Aérea Síria procura interceptar um míssil no céu de Damasco, durante ataques conduzidos por uma coligação formada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França. Damasco, Síria, 14 de Abril de 2018
CréditosYoussef Badawi/EPA / Agência Lusa

«O ataque com mísseis a infraestruturas militares e civis sírias foi executado por aviões e navios de guerra americanos em cooperação com as forças aéreas britânicas e francesas», segundo a TASS. Terá durado cerca de uma hora e meia, tendo decorrido «entre as 3h42 e as 5h10, hora de Moscovo (entre as 1h42 e as 3h10, hora portuguesa)».

A agência noticiosa síria SANA informa terem sido atingidos um edifício compreendendo um centro de investigação científica e laboratórios em Barzeh (arredores de Damasco), armazéns e um posto de comando do Exército Árabe Sírio em Homs. Neste último ataque ter-se-ão registado três feridos, as únicas baixas conhecidas, quando as defesas anti-aéreas sírias interceptaram alguns dos mísseis e eles caíram sobre áreas civis.

Numa conferência de imprensa dada em Moscovo esta manhã, o militar russo Sergei Rudskoi afirmou que 71 dos 103 mísseis de cruzeiro e ar-terra disparados pelos três países (EUA, Reino Unido e França) tinham sido interceptados, de acordo com a PressTV.

Também esta manhã, o Comando Geral do Exército e das Forças Armadas Sírias revelou que a maior parte dos 110 mísseis disparados no âmbito da «agressão tripartida», contra alvos em Damasco e arredores, foi abatida, segundo revela a SANA.

A CNN, que publica um mapa com os locais atacados, cita o general Joseph Dunford, presidente dos estados-maiores conjuntos americanos, como tendo afirmado que os alvos foram «um centro de pesquisas científicas», alegadamente «envolvido no desenvolvimento e produção de armas químicas», e «armazéns de armas químicas» e «equipamentos químicos».

Em 2017, os Estados Unidos já tinham disparado 59 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra a base aérea de Shayrat a partir dos destroyers USS Porter e USS Ross. Na altura, os alvos foram aviões sírios e os seus abrigos, armazéns, sistemas de defesa anti-aéreos e radares.

O Daily Star (Beirute) cita fontes oficiais americanas dizendo que «o presente ataque é mais significativo, tendo sido usado o dobro das armas». «Fomos muito precisos e proporcionados, disse o general John Mattis, «mas ao mesmo tempo foi um pesado golpe».

Os ataques foram classificados como «cirúrgicos» e identificados de forma a «mitigar o risco» de forças russas serem atingidas. O general John Dunford afirmou também que os militares americanos avisaram a Rússia do espaço aéreo que seria utilizado no ataque, embora «sem pré-aviso». Referiu ainda «não estarem planeados novos ataques» e que, até agora, «as defesas anti-aéreas sírias não tinham atacado aviões ou navios da coligação».

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