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Irão: ataque israelita é «agressão flagrante» à Síria

Um diplomata iraniano denunciou o recente ataque aéreo israelita na Síria e pediu à ONU que tome medidas para impedir a sua repetição. Avigdor Lieberman, ministro israelita da Defesa, ameaçou destruir as defesas anti-aéreas da Síria.

Caça israelita F-16
Créditos / PressTV

Bahram Qassemi, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, condenou a invasão do espaço aéreo sírio, assim como o ataque perpetrado em território do país árabe, na sexta-feira de madrugada, por vários aviões israelitas – uma agressão a que Damasco respondeu abatendo um deles e atingindo outro, segundo informação oficial divulgada por fontes militares sírias. Israel nega que qualquer aeronave sua tenha sido abatida.

O ataque, que ocorreu na parte oriental da província de Homs, alegadamente para destruir armamento destinado ao movimento de resistência libanesa Hezbollah, foi classificado pelas autoridades sírias como uma «agressão» e como uma «tentativa desesperada», por parte de Telavive, de «levantar o moral» do Daesh, «desviando as atenções das vitórias que o Exército Árabe Sírio está a alcançar contra as organizações terroristas», lê-se num comunicado citado pela PressTV.

Nas declarações que efectuou este sábado, Qassemi também afirmou tratar-se de uma «agressão do regime sionista contra a Síria», sublinhando que ela ocorre «num momento em que o Exército e a frente antiterrorista estão em vantagem na sua luta contra os terroristas».

A agressão põe em evidência «os interesses comuns e atitudes semelhantes» que continuam existir entre «o usurpador israelita e os terroristas», defendeu o porta-voz da diplomacia iraniana, que exigiu às Nações Unidas uma tomada de posição de modo a impedir a repetição destas acções, que «violam a paz e a segurança regionais», informa a Prensa Latina.

Preocupação em Moscovo

Ontem, em declarações a uma rádio israelita, o ministro da Defesa sionista, Avigdor Lieberman, disse que, da próxima vez que os sírios usarem o seu sistema de defesa anti-aéreo contra a aviação israelita, «nós destruí-lo-emos sem hesitações», sublinhando o direito de Israel a invadir o espaço aéreo da Síria. Estas ameaças foram proferidas um dia depois de o líder do seu governo, Benjamin Netanyahu, ter dito que Israel irá continuar a promover acções militares contra o Hezbollah em território sírio.

Já esta segunda-feira, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Mikhail Bogdanov, confirmou à agência Interfax que o embaixador israelita em Moscovo tinha sido chamado a prestar esclarecimentos sobre o ataque aéreo de sexta-feira perto de Palmira, no Centro da Síria. De acordo com a agência, citada pela PressTV, o diplomata russo expressou «a sua preocupação» sobre o incidente.

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