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Líbano apresenta queixa na ONU pela violação israelita do seu espaço aéreo

O governo libanês apresentou uma queixa contra Israel no Conselho de Segurança das Nações Unidas, depois de 3 aviões israelitas terem sobrevoado o seu espaço aéreo para bombardear posições na Síria.

Caças da Força Aérea Israelita
Créditos / HispanTV

A denúncia foi formulada na sequência da «perigosa violação israelita da soberania libanesa», anunciou esta quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano.

Na terça-feira passada, aviões de guerra israelitas violaram o espaço aéreo libanês para atacar com mísseis posições na província síria de Homs.

De acordo com a Al-Masdar News, o ataque visou posições iranianas na base aérea de Shayrat – um alvo bem conhecido depois de ter sido atacado por forças militares norte-americanas, em 2017, e do Reino Unido, França e EUA, em 2018, usando como pretexto a acusação de utilização de armas químicas por parte do governo de Damasco – hoje desmontadas, inclusive, por inspectores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).


No texto emitido esta quinta-feira, a diplomacia libanesa afirma que Israel viola, quase diariamente, a soberania aérea, marítima e territorial do país, «transgressões contínuas que ameaçam a segurança do povo libanês» – indicam HispanTV e Prensa Latina –, mais ainda «num momento em que todo o mundo enfrenta a amenaça de propagação da pandemia do coronavírus».

As forças militares israelitas violam reiteradamente o espaço aéreo, marítimo e territorial do Líbano, realizando acções de reconhecimento e espionagem, numa clara infracção da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra entre Israel e o Líbano em 2006. Telavive também usa frequentemente o espáço aéreo libanês para perpetrar ataques contra a Síria, em especial contra alegadas posições iranianas em território sírio.

Síria denuncia entrada no país de nova caravana militar dos EUA

As autoridades sírias denunciaram esta quinta-feira a entrada no Nordeste do país de mais uma caravana militar norte-americana, proveniente do Iraque, numa «clara violação de todas as normas internacionais», segundo refere a agência SANA.

De acordo com fontes civis locais, a caravana, composta por 20 viaturas militares e camiões carregados com material logístico, deslocou-se até à base ilegal que os norte-americanos criaram em Kherab al-Geir, nas imediações da cidade de Malikiyah, na província de Hasaka.

Nos últimos meses, os Estados Unidos têm vindo a reforçar a sua presença ilegal na base de Kherab al-Geir e na região de al-Jazirah (a leste do rio Eufrates), em parte da província de Raqqa e de Deir ez-Zor, onde detêm cerca de uma dezena de instalações militares e continuam a saquear o petróleo, gás e outras riquezas naturais da Síria, com o apoio das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS).

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