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EUA e aliados antepõem interesse de Israel ao direito internacional, denuncia a Síria

Numa sessão do Conselho de Segurança sobre a situação no Médio Oriente, o representante permanente da Síria junto das Nações Unidas destacou as responsabilidades de EUA e aliados nos crimes israelitas.

Zona destruída por bombardeamentos israelitas em Beit Lahia, no Norte da Faixa de Gaza CréditosAbdulqader Sabbah / Anadolu

«Em vez de procurar conter a escalada e trabalhar para acalmar a situação e alcançar a estabilidade na região, os EUA e seus aliados deram tempo a Israel para prosseguir com os seus crimes», denunciou Qusai al-Dahak esta terça-feira à noite, em Nova Iorque.

O diplomata sírio acrescentou que «os crimes de Israel e os seus partidários em Gaza revelaram a magnitude da hipocrisia dos países ocidentais que se autoproclamam patrocinadores dos direitos humanos», refere a Sana.

«Estes países permaneceram em silêncio e não tiveram a menor preocupação humanitária, nem fizeram gestos para criar um mecanismo internacional capaz de documentar os crimes do ocupante e de garantir que os seus dirigentes não fiquem imunes e que prestem contas», disse al-Dahak.

Denunciou ainda que estes governos «proporcionaram todo o tipo de apoio político, militar e financeiro aos criminosos de guerra israelitas, e deram-lhes tempo suficiente para prosseguir o seu genocídio contra o povo palestiniano e os seus ataques aos países da região».

De acordo com as autoridades palestinianas de Saúde, os ataques incessantes de Israel contra a Faixa de Gaza desde 7 de Outubro provocaram pelo menos 37 718 mortos e 86 377 feridos, havendo ainda registo de pelo menos 10 mil desaparecidos. No mesmo período, foram mortos pelo menos 553 palestinianos na Cisjordânia ocupada.

«Durante décadas, estes governos impediram que o Conselho de Segurança assumisse as suas responsabilidades para preservar a paz e a segurança internacionais, e implementar as suas resoluções para pôr fim à ocupação, que foi e ainda continua a ser causa matriz de todas as crises da região e do sofrimento dos seus povos», afirmou Qusai al-Dahak.

Na sua intervenção, o diplomata considerou que a região árabe enfrenta o perigo de «uma escalada global», em virtude dos crimes contínuos israelitas contra os palestinianos, das ameaças de lançar uma agressão contra o Líbano e dos ataques repetidos contra território sírio.

O representante da Síria explicou ainda que o sofrimento do povo sírio continua devido às medidas coercivas ocidentais, que tiveram efeitos destrutivos em todos os aspectos da vida e provocaram danos graves a vários sectores vitais do país do levantino.

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