Um menor de 11 anos perdeu a vida e os seus cinco irmãos ficaram feridos ao fazer explodir uma mina na localidade de Namer, na província síria de Daraa, informaram as autoridades de saúde locais.
O director do hospital na província meridional, Yahya Kiwan, explicou que o artefacto explosivo, deixado por grupos terroristas em terras agrícolas, explodiu esta terça-feira, quando as crianças brincavam no local.
Acrescentou que a criança de 11 anos teve morte imediata e que os restantes cinco irmãos, com idades compreendidas entre um e 15 anos, deram entrada no hospital com ferimentos moderados e graves, revela a Sana.
O director do Departamento de Medicina Legal na Síria informou esta quinta-feira que pelo menos 120 pessoas faleceram, em 2022, em resultado da explosão de minas deixadas por grupos terroristas. O número de vítimas inclui 96 homens e 24 mulheres, e corresponde aos primeiros seis meses deste ano, disse o médico Zaher Hajo em declarações citadas pelo diário al-Watan. O responsável disse ainda que, por comparação com anos anteriores, se regista um aumento no número de mortos. Na tentativa de travar o avanço do Exército sírio, os grupos jihadistas colocaram bombas, minas anti-tanque, minas anti-pessoais e outros artefactos em ruas, casas e terras agrícolas. Com o regresso de civis deslocados às zonas libertadas, têm sido comuns as detonações destes artefactos, que provocam dezenas de vítimas mortais e feridos. Esta quinta-feira, duas crianças, de 11 e 12 anos, ficaram feridas ao fazerem explodir uma mina deixada por terroristas do Daesh no Bairro de al-Rashidiya, em Deir ez-Zor, noticiou a agência SANA. Na segunda-feira passada, a explosão de uma mina deixou ferido um homem na aldeia de Suha, província de Hama. Fontes locais, referidas pela SANA, indicaram que a mina tinha sido colocada por membros do Daesh (Estado Islâmico). Há uma semana, pelo menos 11 civis perderam a vida e outros 25 ficaram feridos quando a camioneta que os levava para a ceifa do trigo, na província de Daraa, fez explodir uma mina, igualmente colocada por terroristas do Daesh. O Exército sírio, com o apoio da Rússia e de outros países amigos, tem levado a cabo extensas operações de desminagem nas regiões libertadas, com o objectivo de que a população possa regressar o mais brevemente possível à normalidade. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Autoridades sírias confirmam aumento de mortes por explosões de minas
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No passado dia 12, uma mulher e duas crianças perderam a vida numa explosão semelhante, também na província de Daraa.
O departamento anti-minas da ONU na Síria revelou que, entre 2015 e 2022, cerca de 15 mil pessoas morreram ou ficaram feridas como resultado da explosão de minas na Síria, informa a agência Prensa Latina.
Em Junho último, o governo sírio informou que as forças armadas, em conjunto com países amigos, desactivaram mais de 50 mil cargas explosivas, 84 mil projécteis por explodir e 45 mil minas de vários tipos, tendo ainda desminado mais de 55 mil hectares do país.
Retomado o regresso de refugiados a partir da Jordânia
Também esta terça-feira, um grupo de 16 deslocados sírios, que residiam no campo de refugiados de al-Azraq, na Jordânia, regressou ao seu país e às suas terras, que foram libertadas do terrorismo pelo Exército Árabe Sírio.
«Foram-lhes oferecidas todas as condições para um regresso seguro», declarou à Sana o tenente-coronel Ayham Khaddour, chefe de Centro de Imigração e Passaportes na passagem fronteiriça de Nassib.
Hussein Makhlouf, ministro sírio da Administração Local, disse recentemente que cinco milhões de deslocados internos e um milhão de refugiados no estrangeiro regressaram às suas casas desde 2018.
Por outro lado, o titular da pasta destacou o empenho do governo em dinamizar o desenvolvimento económico e industrial do país, referindo-se a 575 fábricas que começaram a produzir este ano e mais 630 que estão a ser construídas, visando a criação de 9000 postos de trabalho.
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