Mais de 1500 mortos em menos de 3 anos

Novos bombardeamentos fazem dezenas de mortos na Síria

Bombardeamentos levados a cabo, este sábado, pela coligação internacional liderada pelos EUA fizeram pelo menos 43 mortos na cidade de Raqqa.

Bombardeamento na província de Raqqa (Síria) levado a cabo pela coligação que os EUA comandam (foto de arquivo)
Créditos / PressTV

De acordo com informações avançadas pela agência síria Sana, citadas pela PressTv, há registo de pelo menos 43 mortos, entre os quais se contam crianças, após ataques aéreos – atribuídos aos EUA – no bairro de Jomeili, em Raqqa.

O número de mortos provocados pelos bombardeamentos que a coligação internacional repete desde Setembro de 2014, com o argumento de combater o grupo terrorista Daesh, vem aumentando.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que se opõe ao governo de Damasco, entre 23 de Abril e 23 de Maio a coligação de forças militares liderada pelos Estados Unidos matou 225 civis – batendo o recorde de vítimas civis mortas num mês desde que iniciou as suas operações no país árabe.

As acções da coligação internacional sempre careceram de apoio do governo sírio, que questionou a eficácia dos bombardeamentos e acusou os países envolvidos de violarem a sua soberania e integridade territorial.

O governo sírio não só não pediu ajuda aos governos ocidentais, como acusou os EUA, a França, o Reino Unido e os seus aliados regionais – em que se incluem a Arábia Saudita, o Qatar, a Turquia e Israel – de terem ajudado a criar os grupos terroristas que operam no país, de os financiar e de lhes fornecer armamento.

Os militares norte-americanos admitem que os ataques na Síria provocaram vítimas mortais entre a população civil, mas rejeitam os números avançados por outras fontes. De acordo com a coligação, os bombardeamentos terão morto «inadvertidamente» 352 civis desde o início da campanha. A 23 de Maio, o OSDH contabilizava 1481 vítimas, incluindo 319 crianças.

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