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Obra sobre Fidel analisa a construção do socialismo em Cuba

El pensamiento estratégico de Fidel Castro Ruz: Valor y vigencia é um tributo ao líder histórico da Revolução e procede a uma análise especializada da sua experiência na construção do socialismo na Ilha.

CréditosMarcelino Vázquez Hernández / ACN

O volume, que foi apresentado há uma semana na Imprenta Federico Engels, em Havana, é uma colectânea de artigos de vários autores, que foram compilados por Rafael Hidalgo Fernández.

Ontem, no âmbito das comemorações dos 95 anos do nascimento de Fidel (13 de Agosto de 1926), a obra recém-publicada pela Editora Historia, do Instituto de História de Cuba, voltou a estar em destaque na capital, desta vez na Casa del Alba.

Durante a sessão de apresentação do volume, os investigadores afirmaram que o texto reúne as ideias políticas, martianas e marxista-leninistas, bem como a relação dialéctica entre passado, presente e futuro na tomada de decisões por parte do estadista.

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Fidel Castro e Ho Chi Minh, uma amizade sem limites físicos

Ho Chi Minh morreu em 1969 e Fidel só pôde visitar o Vietname quatro anos depois. No entanto, nem a fatalidade foi capaz de impedir o encontro entre os dois revolucionários, que mantinham uma enorme amizade.

Ho Chi Minh - nasceu a 19 de Maio de 1890 e faleceu a 2 de Setembro de 1969 - dedicou a vida ao Partido, à Revolução, à luta pela emancipação dos povos, pelo progresso e a paz 
Créditos / onlinelibrary.wiley.com

Ontem, 19 de Maio, passavam 131 anos sobre o nascimento do Tio Ho, dirigente comunista vietnamita que dedicou a vida à Revolução, ao povo, ao progresso e à paz, e que ajudou a libertar o seu país das garras do colonialismo e do imperialismo.

A esse propósito, Alberto Salazar, correspondente da Prensa Latina no país do Sudeste Asiático, lembra a mútua admiração e o profundo respeito que Fidel Castro e Ho Chi Minh nutriam um pelo outro, tanto a nível pessoal como pelos seus dois povos.

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Em Minas Gerais há um assentamento com o nome de Ho Chi Minh

Localizado no município de Nova União, o Assentamento Ho Chi Minh faz 15 anos em Setembro, mês da independência do Vietname e da morte do grande líder revolucionário e anti-imperialista.

Mulheres no viveiro do Assentamento Ho Chi Minh, no município de Nova União, Minas Gerais
CréditosAgatha Azevedo / MST

«A escolha dos nomes dos acampamentos, das escolas e demais estruturas do movimento [sem terra] devem levar em consideração a marca e simbologia das histórias de lutas pela transformação social no mundo», explica Fábio Nunes, morador no Assentamento Ho Chi Minh e membro da direcção regional do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) da região metropolitana em Minas Gerais.

Tendo em conta que o assentamento foi fundado a 16 de Setembro (de 2005) e «tendo como referência o legado do grande lutador vietnamita e a marca do mês de Setembro (mês da sua morte) nas ocupações que marcaram a vida das famílias», a comunidade escolheu o nome de Ho Chi Minh, acrescenta o texto, publicado no portal do MST, onde se faz ainda uma breve apresentação da figura daquele que nasceu como Nguyen Sinh Cung e ficou conhecido para o mundo como Ho Chi Minh, «aquele que ilumina».

O processo de luta até à conquista da terra

A primeira ocupação ocorreu na madrugada de 23 de Setembro de 2002, com a participação de aproximadamente 150 famílias, no município de Pará de Minas, mas, no início do ano seguinte, a Justiça decretou que as famílias deveriam abandonar a área ocupada.

Continuando em busca de terra, as famílias realizaram duas novas ocupações nesse mesmo ano, mas acabariam por ser despejadas novamente de latifúndios improdutivos nos municípios de Juatuba e Esmeraldas. Estas acções, explica o texto, marcam o início do governo Aécio Neves no estado de Minas Gerais (2003-2010), um período «em que aumentaram as acções de despejo com emprego de força pela Polícia Militar e os conflitos no campo».

Com o desgaste, muitas famílias desistiram do sonho de conquista da terra, que parecia mais distante. No entanto, os anos seguintes ficaram marcados pela intensificação das lutas do MST na região para que «essas famílias fossem assentadas» e, nesse âmbito, houve negociações com o INCRA [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] com vista à desapropriação da Fazenda Belo Horizonte, localizada em Nova União.

Como o processo não andava nem desatava, na madrugada de 16 de Setembro de 2005, para «pressionar o governo a fazer o primeiro assentamento de reforma agrária no município», as famílias ocuparam a zona. Então, as negociações avançaram e 37 famílias «foram homologadas na terra» em Dezembro desse ano.

Foi então criado o Assentamento Ho Chi Minh, que possui uma área de 786 hectares, 40% da qual é destinada à preservação e recuperação dos recursos naturais, com grande diversidade de fauna e flora.

Assentamento com muita e variada produção

Desde então, grande parte das famílias dedicou-se à produção de banana-caturra, seguindo a cadeia produtiva já estruturada no município, que é actualmente um dos maiores fornecedores de fruta da Central de Abastecimento de Belo Horizonte.

Outras famílias dedicaram-se à produção de cana-de-açúcar, que se transforma em vários produtos na agro-indústria. O elemento com maior destaque é a cachaça de qualidade «Coração», «conhecida como a melhor cachaça produzida pelo MST no estado».

Além de apresentar uma grande variedade de produtos – hortaliças agroecológicas, mel, própolis, farinhas de mandioca e banana, colorau, açafrão, etc. –, o Assentamento Ho Chi Minh possui um viveiro florestal, construído no contexto do Programa Ambiental do Movimento em Minas Gerais e que visa a produção de mudas nativas para a recuperação de áreas degradadas nos acampamentos e assentamentos.


Extensa área verde e ecoturismo

«Prática da reforma agrária pensada pelo MST, com a memória do lutador Ho Chi Minh e a vida de gerações de famílias sem terra, que vivem e produzem de maneira saudável, e continuam a luta na região», o território possui uma extensa área verde, muitas nascentes e quedas de água, e, em períodos de calor mais intenso, é muito visitado por pessoas do município e de toda a região metropolitana.

Num território onde é possível encontrar construções que caracterizam o período de escravidão vivido pela população negra, os visitantes fazem ainda caminhadas em trilhos, passeios de bicicleta e apreciam pratos tradicionais mineiros juntamente com as famílias assentadas.

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É algo que – diz – fica patente nos seus escritos e na sua oratória. Mas também «dirigentes políticos, militares, ministros, embaixadores, tradutores, jornalistas e outros que tiveram oportunidade de falar com eles ou testemunhar expressões de um para com o outro afirmam que os seus pontos de coincidência eram tantos que transcendiam o mero contacto físico».

Fidel visitou o Vietname em três ocasiões. Na primeira delas (de 12 a 17 de Setembro de 1973), o então primeiro-ministro cubano «referiu Ho Chi Minh em todas as aparições públicas». E o mesmo aconteceu nas conversas com os dirigentes vietnamitas, segundo estes revelaram.

Poucas horas depois de chegar a Hanói, Fidel foi aos lugares onde o Tio Ho trabalhou e passou os seus últimos dias, informa Salazar, precisando que um deles, porventura o mais íntimo, foi a pequena casa onde o presidente vietnamita viveu, tendo rejeitado o palácio que, pelo cargo que desempenhava, tinha direito a habitar.

De estilo colonial, o edifício fora a residência privada do governador da Indochina Francesa – que incluía os territórios dos actuais Vietname, Laos, Camboja e um pequeno enclave na China – e, depois da derrota dos franceses em Dien Bien Phu (1954), o Partido e o Estado consideram-no o local adequado para albergar o chefe de Estado.

No entanto, refere Salazar, Ho Chi Minh não se sentia confortável no meio de tanto espaço e, por iniciativa sua, nas imediações do palácio foi construída uma pequena casa de madeira, simples, montada sobre palafitas.

Fidel na casa simples de palafita em Hanói

«Ali, a 13 de Setembro de 1973, na companhia do primeiro-ministro, Pham Van Dong, e do general Vo Nguyen Giap, Fidel, comovido, constatou a austeridade com que vivia o artífice da independência do Vietname», diz o texto.

Na parte de baixo, a mesa onde costumava reunir-se com a Comissão Política do Partido; numa estante não faltava o Guerra de Guerrilhas, de Che Guevara. Em cima, a cama «ascética» e, num armário simples de madeira, as sandálias e uns poucos trajes tradicionais. Numa pequena mesa, os últimos exemplares do diário Nhan Dan (O Povo), um ventilador e um despertador.

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Presença de Fidel Castro no Vietname evocada em Guantánamo

Os laços de amizade que unem Cuba ao Vietname foram reforçados com a visita de Fidel ao país asiático em Setembro de 1973, como sublinha a obra agora apresentada do jornalista José Llamo Camejo.

Apesar dos riscos que isso implicava, Fidel Castro fez questão de visitar territórios recentemente libertados no Vietname em Setembro de 1973
Créditos / Diário Liberdade

A apresentação em Guantánamo, esta terça-feira, do livro Fidel. Un guerrillero antillano en el paralelo 17 é uma de muitas iniciativas relacionadas com o Dia da Imprensa Cubana, que se assinala dia 14 de Março, mas cujo programa de celebrações «oficiais» incluirá, ao longo dos próximos dez dias, exposições, debates, publicações, entregas de prémios e outras actividades, segundo revelou a Unión de Periodistas de Cuba (UPEC).

O texto, da autoria do jornalista José Llamo Camejo, recolhe em 14 relatos, distribuídos por oito capítulos, e 45 fotografias os testemunhos do acontecimento histórico que foi a única visita de um chefe de Estado estrangeiro ao Vietname na fase final da guerra contra os invasores norte-americanos e seus aliados.

Os episódios narrados referem-se à estadia de Fidel nas províncias de Quang Binh (Vietname do Norte) e Quang Tri (Vietname do Sul), entre 12 e 17 de Setembro de 1973, e resultam da recolha de informação levada a cabo pelo jornalista cubano ao longo de nove dias, em 2017, no país do Sudeste Asiático, informa a Prensa Latina.

A obra ontem apresentada em Guantánamo foi publicada em 2018, com o patrocínio de La Voz de Vietnam, por ocasião do 45.º aniversário da visita do líder da Revolução cubana a zonas recém-libertadas do país asiático. Nela, o jornalista apresenta perspectivas originais da visita, a partir de encontros que manteve com «heróis da guerra, choferes, tradutores, fotógrafos, pessoal da segurança e pessoas comuns que tiveram oportunidade de saudar o histórico Comandante-em-Chefe».

Coragem do povo vietnamita e de Fidel Castro

No diálogo que ontem estabeleceu com órgãos de comunicação locais, Llamo Camejo realçou «a profunda impressão que lhe causou o esforço levado a cabo pelos vietnamitas para vencer o desafio de proteger o Comandante em circunstâncias tão perigosas, as tensões que tal desafio gerou», bem como as razões pelas quais «o inimigo não conseguiu cheirar Fidel quando este lhe tocou o nariz naquele cenário de guerra», disse, citado pela Prensa Latina.


O escritor e jornalista explicou que, «conscientes do perigo que representava para Fidel aparecer num território cheio de minas, sob ataques constantes do inimigo e com a ameaça adicional de um ciclone», os responsáveis vietnamitas tentaram demovê-lo de ir à zona de guerra, mas Fidel «não vacilou em expressar que, se não ia ao Sul [a província de Quang Tri, território recentemente libertado], a sua visita não teria sentido».

Llamo Camejo sublinhou o quão emocionante foi a sua experiência, que lhe permitiu conhecer mais a fundo «a coragem do povo vietnamita e a audácia e o humanismo de Fidel», que esteve a apenas dois quilómetros das posições inimigas, num território repleto das minas anti-pessoais do Exército dos EUA.

A apresentação, em Guantánamo, de Fidel. Un guerrillero antillano en el paralelo 17 serviu para inaugurar na província do Oriente cubano as actividades relacionadas com o Dia da Imprensa Cubana, instituído a propósito da fundação, por José Martí, do periódico Patria, cujo primeiro número foi publicado a 14 de Março de 1892.

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«Ao pé de uma das janelas, o velho cadeirão onde costumava ler e meditar sobre o presente e o futuro de um país que há centenas de anos lutava pela independência… Quantas vezes terá sonhado ali com um Vietname dez vezes mais bonito!»

Ali perto fica uma casa de pedra para onde os dirigentes do país aconselharam Ho Chi Minh a mudar-se nos tempos dos bombardeamentos norte-americanos sobre Hanói. Numa das salas, há uma mesa com dez cadeiras e, numa parede, um grande mapa do Vietname com marcas sobre o curso da guerra.

Ali, o general Giap explicou a Fidel que as últimas marcas reflectiam a situação no momento em que Ho Chi Minh morreu, e pôs o primeiro-ministro cubano a par da evolução das coisas – quando faltavam 19 meses para a vitória.

Fidel também esteve no pequeno lago situado junto a estas duas casas. «Numas escaditas que dão para as águas tranquilas, o Tio Ho agitava-as ou dava palmadas à superfície para avisar as carpas que lhes trazia o alimento de cada dia.»

Não custa muito imaginar que o percurso por aqueles lugares tenha sido «um momento de reencontro espiritual entre os líderes históricos dos dois países», afirma o correspondente da agência cubana.

A admiração por um povo

Quando Fidel então visitou o Vietname, ainda não existia o Mausoléu de Ho Chi Minh – perto da Assembleia Nacional, do Palácio Presidencial, da Casa de Ho Chi Minh sobre Palafitas. O monumento começou a ser construído dez dias antes da sua chegada e só foi inaugurado praticamente dois anos depois, a 29 de Agosto de 1975.

Mas não era disso que o dirigente cubano precisava para levar consigo uma «admiração maior» por Ho Chi Minh. Poucas horas antes de regressar a Cuba, após ter visitado cenários de guerra no Centro do país, ter conversado longas horas com os dirigentes vietnamitas e ter vislumbrado uma vitória que era «simplesmente uma questão de tempo», Fidel sintetizou num discurso as suas impressões sobre aqueles dias.

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Um hospital de guerra, paz e amizade em Dong Hoi

A Guerra do Vietname acabou em 1975, mas ao hospital desta cidade continuam a chegar pacientes com feridas desse tempo ou de agora mas provocadas por explosivos de então. Foi de Fidel a ideia de o construir.

Homenagem a Fidel Castro à entrada do hospital de Dong Hoi (imagem de arquivo)
Créditos / Vietnam Times

O médico cubano Aracelio Pérez implantou várias próteses da anca a pacientes que ainda tinham alojada nessa parte do corpo metralha corrompida pela passagem dos anos, indica a Prensa Latina.

Um outro exemplo é o do seu colega Crescencio Aneiro, que teve de operar com urgência um canalizador a quem rebentou na cara uma velha mina quando cavava o chão para instalar os canos de um lava-louças, refere a peça publicada por Alberto Salazar, correspondente da agência cubana no país do Sudeste Asiático.

A ideia de fundar este hospital localizado na capital da província de Quang Binh (Centro do Vietname) surgiu da necessidade de lidar com as sequelas da guerra neste território, que foi um dos mais assolados pelos bombardeamentos norte-americanos, uma vez que marcava o limite entre o Norte e o Sul do país.

A ideia de Fidel

Quando Fidel Castro visitou o Vietname, em Setembro de 1973, viajou de Hanói para Quang Binh num pequeno avião, e ficou comovido com o que viu lá em baixo: as pontes todas – «sem excepção» – destruídas, as aldeias arrasadas, as bombas de fragmentação que caíam sobre os campos de arroz onde crianças, mulheres e velhos trabalhavam.

O líder da Revolução cubana atravessou depois o tristemente célebre Paralelo 17 – foi o único estadista a fazê-lo naqueles tempos – e percorreu a recém-libertada província de Quang Tri, onde pôde ver in loco os horrores da guerra.

No regresso a Quang Binh, por estrada, foi abalado por um novo acontecimento, ao dar com três crianças feridas, duas delas em estado grave, depois de terem feito explodir uma granada quando trabalhavam a terra. Os médicos cubanos que iam na caravana «cuidaram delas directamente durante horas e salvaram-lhes a vida», contou Fidel nas suas Reflexões.

Este facto, o que vira a partir do avião e no cenário de guerra levaram-no a fazer uma promessa aos habitantes da província de Quang Binh no dia seguinte, antes de voltar para Hanói: construir e equipar totalmente um hospital em Dong Hoi, o mais rapidamente possível. «Também virão cubanos trabalhar na construção deste hospital», disse.

E a promessa foi cumprida

O hospital começou a ser construído a 19 de Maio de 1974, coincidindo com o 84.º aniversário do nascimento de Ho Chi Minh. E os cubanos lá estavam, como prometido: mais de cem engenheiros, construtores e outros especialistas, refere a Prensa Latina.

Quando foi inaugurado, a 9 de Setembro de 1981, era um dos mais avançados do país. Até 1991, passaram por ali 146 médicos, enfermeiros e técnicos cubanos da Saúde. Hoje, em Dong Hoi, ainda se lembra que alguns chegaram a dar sangue a pacientes que dele precisavam com urgência.

A colaboração médica cubana interrompeu-se entre 1991 e Abril de 2018, quando chegaram ao hospital quatro especialistas de Cuba. Posteriormente, chegaram mais quatro.

Além dos casos médicos, uma das coisas que mais os impressionaram foi ver que os andares da ala mais antiga do hospital têm o piso de granito colocado pelos pedreiros cubanos e que continuam a ser usadas as camas enviadas por Cuba há tantos anos.

Ampliado e modernizado, o hospital, onde um busto honra quem inspirou a sua criação, é considerado hoje um dos melhores do seu tipo no país asiático.

Médicos cubanos em Dong Hoi

O director da instituição, Duong Thanh Binh, disse à Prensa Latina que para a população de Quang Binh é «uma grande sorte ser atendida por médicos que vêm de um país com tanto prestígio na área da Medicina».

«Inseriram-se muito rapidamente no ambiente de trabalho do hospital e deram mostras de uma grande atitude profissional no trabalho, uma elevada qualificação e um trato muito amável com os pacientes», referiu.


Para Binh, a presença dos médicos cubanos ajuda-os bastante na formação dos jovens médicos vietnamitas e no desenvolvimento de especialidades de alta tecnologia que a unidade quer promover. «Essas são algumas das razões por que queremos contratar mais profissionais da Ilha», revelou, sublinhando: «Este hospital foi e continua a ser um dos mais preciosos presentes que Fidel Castro e o povo cubano deram ao Vietname.»

Actualmente, há no país do Sudeste Asiático uma dezena de especialistas e técnicos cubanos, mas, de acordo com a vontade dos dois países, esse número deve chegar à centena nos próximos tempos.

«Serão os novos frutos de uma semente plantada há 45 anos num hospital de Dong Hoi» que tem por nome Amizade Vietname-Cuba.

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«Chegámos a esta terra heróica com uma grande admiração pelo povo vietnamita e ir-nos-emos com uma admiração ainda maior. Sentimo-nos estimulados com as suas vitórias e com o seu extraordinário exemplo», disse.

Sublinhou que se ia embora com uma única dor, «a de não ter tido o privilégio de conhecer em vida o presidente Ho Chi Minh, que tanto admiramos».

Algo, no entanto, o consolava: «Compensa-nos o facto de ter visto e ter conhecido de perto o povo vietnamita e ver reflectida nele a sua obra, os seus ensinamentos, o seu trabalho, a sua educação, o seu exemplo, o seu heroísmo, a sua modéstia.»

Fidel voltou a visitar o Vietname em 1995 e 2003. «Sempre, antes e depois, sentiu o mesmo respeito e admiração pelo amigo, o irmão com o qual apenas pôde encontrar-se no caminho das ideias.»

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Em declarações à agência Prensa Latina, o presidente do Instituto de História de Cuba, Yoel Cordoví, disse que o volume compendia numerosas facetas, olhares e linhas de pensamento do Comandante, configurando-se como uma abordagem a partir das áreas da economia, filosofia, pedagogia, história e sociologia.

«Conhecer a obra de Fidel não é repetir ou aprender de cor as suas frases, é entender a lógica, como descreve a sua realidade, a entende e a transforma a partir das características de um país colonial, primeiro, neocolonial, depois, e a apenas 90 milhas de uma potência beligerante e hostil», afirmou.

A Revolução jamais se explicará sem a compreensão integral da liderança estratégica de Fidel

Cordoví destacou como esta selecção motiva a leitura e a reflexão, mostrando um líder que procura soluções para questões imediatas e concretas, e também o visionário que adverte o elemento circunstancial, a estratégia, o cenário e a projecção do futuro.

A obra, dedicada ao comandante Manuel Piñeiro Losada e a José M. Miyar Barruecos (Chomy), reúne textos de 14 autores, académicos, estudiosos, professores em diversas áreas, que decidiram contribuir para a compilação depois de ser lançado o repto.

Entre os temas abordados constam as relações económicas internacionais, o socialismo como condição para o desenvolvimento, a luta pela democracia e as raízes históricas de uma cultura solidária.

No prefácio, o compilador afirma que a história da Revolução cubana e das lutas que a antecederam, entre 1952 e 1958, «jamais se poderão explicar se se prescinde de uma compreensão integral da liderança prevenida e estratégica (a de Fidel), assim como do seu magistério político, sempre sustentados na premissa essencial de que tudo quanto se fizer em nome da Revolução deve ter como centro vital os interesses, as demandas e as aspirações do sujeito popular cubano».

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