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Presidente das Honduras apela à continuidade da luta pela independência

Nas cerimónias do 203.º aniversário da Independência da América Central, Xiomara Castro pediu aos trabalhadores e ao povo hondurenho que prossigam a luta pela independência, liberdade, justiça e soberania.

Apoio ao governo hondurenho durante as cerimónias dos 203 anos de independência, em Tegucigalpa, a 15 de Setembro de 2024 Créditos / @GobiernoHN

Xiomara Castro presidiu, este domingo, às comemorações dos 203 anos da Independência da América Central (15 de Setembro de 1821) no Estádio Nacional «Chelato Uclés», em Tegucigalpa, capital das Honduras, onde afirmou que o seu governo é do povo e pediu à juventude que continue os estudos do General Francisco Morazán, «por ser paladino da união centro-americana» e pelos «seus ideais de justiça e liberdade».

«Desde o meu primeiro dia de governo, estabelecemos um compromisso político e social em defesa da democracia e da soberania contra a ingerência», disse, frisando que a soberania é uma garantia de decisões em prol dos hondurenhos e que devem ser tomadas exclusivamente pelo governo que o povo elege.

Neste contexto, a chefe de Estado pronunciou-se contra o Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI), criado para proteger as grandes empresas internacionais em detrimento da soberania das Honduras, refere a TeleSur.

Milhares de pessoas participaram na manifestação nacional de apoio a Xiomara e ao partido Libre no sábado, 14 de Setembro de 2024, na capital das Honduras / extradigital.hn

Da mesma forma, sublinhou que o seu governo agiu em defesa da soberania nacional ao revogar «a lei que autoriza a venda do nosso território».

«Sei que esta mensagem incomoda um pequeno grupo de pessoas que estavam acostumadas a ter o controlo do Estado e da economia nacional para fazer negócios pessoais, mas as nossas acções soberanas com transparência destinam-se a devolver a dignidade e os direitos roubados ao povo», afirmou.

Várias medidas e programas sociais

Na sua intervenção, Xiomara Castro chamou a atenção para algumas das principais políticas implementadas nos dois anos e sete meses do seu governo, tendo destacado a segurança e os programas sociais.

Referiu-se, entre outras medidas, à implementação da Merenda Escolar, bem como ao investimento na recuperação de infra-estruturas de milhares de escolas e na construção de oito novos hospitais.

Também destacou a importância da Lei da Justiça Tributária, tendo afirmado que as Honduras não são um negócio e que aqueles que mais ganham têm de pagar mais impostos.

Milhares nas ruas defendem governo hondurenho

No sábado, milhares de hondurenhos manifestaram-se para apoiar a presidente Xiomara Castro e o seu governo, na sequência de acções de desestabilização promovidas pela oposição com o apoio da ingerência externa.

Em Tegucigalpa, milhares de pessoas declararam apoio a Xiomara e ao processo de transformações em curso no país centro-americano / extradigital.hn

As redes sociais e a imprensa divulgaram imagens de um mar de gente vestida de vermelho e negro nas imediações da Casa Presidencial, exibindo cartazes contra o Partido Nacional e de apoio às medidas tomadas pelo executivo de Castro, bem como bandeiras das Honduras e do partido Liberdade e Refundação (Libre).

Ao intervir frente à multidão, Xiomara Castro enalteceu a resistência hondurenha e o partido Libre, sublinhando que fizeram frente à narco-ditadura, fraudes, exílio, tentativas de assassinato e saques, sem se render até derrotar a direita.

«Nem a injustiça, nem a exclusão que o povo hondurenho sofreu durante séculos nos conseguiram fazer vergar», disse a primeira mulher presidente das Honduras.

Em declarações à imprensa, os manifestantes sublinharam que apoiar Xiomara é a única forma de as transformações a favor do povo e de um país soberano continuarem, depois de muitos anos de domínio da corrupção e do narcotráfico.

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