Estão previstas marchas, encontros, debates, actividades de cariz político e cultural de apoio ao processo bolivariano e de repúdio pela ingerência externa, com particular destaque para a que é levada a cabo pela administração dos Estados Unidos.
A realização da jornada internacional faz parte das decisões inscritas na declaração final do Encontro Mundial contra o Imperialismo, que decorreu em Caracas de 22 e 24 de Janeiro deste ano.
Esta iniciativa, que serve também para assinalar o 31.º aniversário do Caracazo – insurreição popular levada a efeito em Caracas contra o pacote de medidas neoliberais adoptadas pelo Governo de Carlos Andrés Pérez –, reivindica precisamente a luta contra as políticas neoliberais e surge como forma de reconhecimento à resistência dos povos do mundo contra o modelo económico capitalista.
O texto da declaração lembra as batalhas actuais que os povos travam contra o imperialismo e os pacotes de austeridade impostos pelo Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e os governos ao seu serviço. Sugere, além disso, que cada país adopte a forma de mobilização que mais se ajuste às suas condições e realidade político-social.
A jornada visa também destacar os impactos negativos das receitas neoliberais nas áreas social, económica e ambiental, sublinhando que tais medidas atentam contra a vida, a soberania e a paz, gerando efeitos demolidores que constituem crimes contra a humanidade, referem a AVN e a Prensa Latina.
No âmbito desta jornada, será reafirmado o apoio à queixa interposta pela Venezuela no Tribunal Penal Internacional contra o governo dos EUA, na medida em que o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto ao país sul-americano tem consequências que são «crimes contra a humanidade».
De acordo com a declaração do encontro anti-imperialista de Caracas, esta data é também propícia para que os organismos sociais e partidos políticos expressem a sua solidariedade para com países como Irão, Cuba, Nicarágua, Síria, Rússia, Iémen, Palestina, República Árabe Saarauí, Coreia e China, entre outras, que lutam contra o neoliberalismo e as medidas coercitivas unilaterais impostas pelo imperialismo.
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