Segundo a nota de imprensa enviada pela Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano,a Região do Litoral Alentejano apresenta os piores indicadores no que à Saúde diz respeito. A acusação não é feita de forma isolada e os dados apresentados parecem dar-lhe razão.
Cerca de 20000 utentes não têm Médico de Família, há Freguesias que não têm Extensão de Saúde e nas que há, não existem cuidados de enfermagem e o Médico só lá vai uma vez por mês. A isto acresce ainda o facto de haver Unidades de Saúde visivelmente degradadas, de nas especialidades no Hospital do Litoral Alentejano os Utentes terem que esperar 500 dias por uma consulta, havendo apenas um Médico Cardiologista para mais de 100000 Utentes, consultas de Pediatria com um ano de espera e havendo ainda camas encerradas nos diversos Serviços de Internamento do Hospital.
De acordo com a Coordenadora das Comissões de Utentes o caso estende-se ainda à maternidade, uma vez que na ausência de uma uma no Hospital do Litoral Alentejano, as grávidas correm sérios riscos, pois o Hospital São Bernardo (Setúbal) e o Hospital José Joaquim Fernandes também têm estes serviços encerrados. A Coordenadora diz que «os bebés do Litoral Alentejano nascem na berma da estrada».
Essencialmente, o que está em causa é falta de investimento e a Coordenadora diz que é indispensável a contratação de Profissionais de Saúde (Médicos, Enfermeiros, Auxiliares, Administrativos, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, entre outros), para dar resposta aos cuidados de saúde necessários.
Dada a calamitosa situação, a Coordenadora exige uma resolução urgente por parte do Governo e como tal anunciou que uma delegação das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano vai entregar ao Ministro da Saúde um documento com as reivindicações dos Utentes da Região, amanhã no Hospital do Litoral Alentejano.
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