A acção de protesto foi mais uma entre as muitas que ocorrem pelo País como reacção ao anúncio do plano de restruturação dos CTT, que prevê o fecho de 22 lojas.
As populações contestam o fecho das estações, bem como o argumento avançado pela empresa de que as estações visadas têm «pouco movimento» ou que as «receitas são insuficientes».
Para além da concentração, os utentes dos CTT de Paços de Brandão colocaram a circular um abaixo-assinado contra o encerramento e a apelar a intervenção do primeiro-ministro «para travar este autêntico crime contra a população do nosso concelho!».
No baixo-assinado, os utentes de Paços de Brandão consideram que o fecho é prejudicial para a freguesia, «que é grande», pois acaba com o acesso próximo a um serviço público essencial como os correios.
Além disso, afirmam ficar «sem ter onde receber as suas reformas», obrigando-os a recorrer a transportes que são «escassos e caros», o que acaba por penalizar também os habitantes das outras freguesias, que vêem o tempo de atendimento nos seus balcões a aumentar.
Solução ou remendo?
Segundo o Jornal de Notícias, os correios vão-se manter em Paços de Brandão. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, que disse ao JN ter chegado a um acordo.
Emídio Sousa afirmou que a solução passará por encontrar um parceiro particular que garanta o serviço dos correios noutro local, resultando na mesma no fecho da actual dependência, como pretende o grupo CTT.
Por outro lado, em declarações ao JN, Germano Gonçalves, um dos organizadores do abaixo-assinado contra o encerramento da loja, não se mostra muito confiante na solução encontrada.
«Não vamos desistir de protestar até à exaustão para que se mantenha o posto dos correios como está», disse Germano, que afirmou não gostar do acordo pois «não vão ter as mesmas valências que têm nos postos dos CTT (...). Estas lojas não costumam pagar reformas nem registos».
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