Em causa está a possível falta de meios para fazer face a situações de emergência e o acesso da população à saúde. De acordo com a decisão do Executivo, os concelhos da Amadora, Anadia, Chaves, Covilhã, Maia, Guimarães, Espinho e Aveiro deixam de ter ambulância de emergência médica (AEM) entre a meia-noite e as oito da manhã, e o socorro nesse período passa a ser efectuado pelos bombeiros.
A plataforma contesta a medida que terá entrado ontem em vigor, e alerta para o facto de o concelho da Amadora, com mais de 175 mil habitantes, se debater com «graves carências no SNS, designadamente nos cuidados de saúde primários e com um hospital sem capacidade de resposta».
Esta estrutura acrescenta que a solução encontrada pelo Governo, e que deverá estender-se até ao final do ano, não satisfaz a necessidade «premente» de haver mais investimento em recursos humanos e materiais no SNS. Simultaneamente frisa que o investimento público na saúde é um sinal de progresso.
Decisão implica reabrir a Urgência de Espinho
A Câmara de Espinho entende a medida como uma falta de respeito perante a população, mas afirma que o INEM criou condições para a eventual reabertura da urgência do hospital local.
Denuncia através de comunicado que a decisão «é contrária ao protocolo celebrado em 2007 entre a autarquia e o governo socialista de José Sócrates, que se comprometeu a garantir e manter uma AEM no concelho, 24 horas por dia, em alternativa ao encerramento da urgência do Hospital da Nossa Senhora da Ajuda».
Justificada pela falta de técnicos, a ambulância do INEM de Espinho esteve parada na noite do passado domingo. Ontem foi assinado um protocolo de cooperação com os bombeiros voluntários do concelho com vista à criação de um posto de emergência.
De acordo com uma nota do instituto de emergência, «o plano de ajustamento de horários nocturnos das ambulâncias do INEM que tem vindo a ser analisado tem como objectivo aumentar a eficácia na gestão da emergência médica pré-hospitalar».
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