A nova tabela de preços do serviço universal postal, assegurado pelos CTT, entra em vigor a 2 de Abril e vai implicar um aumento de três cêntimos no correio normal até 20 gramas e de dez cêntimos no correio registado. No caso do correio azul, o valor é de dois cêntimos.
O aumento médio de 4,5%, segundo informações da própria empresa, compara com uma dedução de 0,03 pontos percentuais impostos pela Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) ao aumento do ano passado por os CTT não terem cumprido o indicador mínimo de qualidade no correio normal não entregue ao fim de 15 dias úteis, em 2016.
Recorde-se que os Correios falharam o objectivo fixado em cinco dos 11 indicadores de qualidade fixados pelo regulador no ano passado. Apesar disso, os CTT distribuíram dividendos de 72 milhões de euros relativos a 2016, apesar de os lucros desse ano terem sido de 62 milhões. Sobre 2017, a administração prevê pagar o dobro dos lucros aos seus accionistas – 57 milhões de euros.
Enquanto isto, está em curso um agressivo plano de reestruturação, com o fecho de 22 lojas por todo o País e a saída de 800 trabalhadores até 2020. No entanto, o número de lojas a fechar pode ser superior – de acordo com uma notícia do Correio da Manhã, há cerca de um mês, podem ultrapassar a meia centena.
Os CTT dispunham de uma rede de 608 lojas no final de 2017, menos 175 do que no final de 2011. Em 2012, entrou em funções o actual presidente do conselho de administração, Francisco Lacerda, nomeado pelo governo do PSD e do CDS-PP com o mandato de preparar a privatização da empresa, que viria a ocorrer no ano seguinte.
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