De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), sete dos dez municípios com as rendas de casa mais elevadas do País situam-se na Área Metropolitana de Lisboa, sendo os três restantes Porto, Matosinhos e Funchal.
Lisboa, Cascais e Oeiras são os três concelhos onde é mais caro arrendar casa, com preços superiores a 7 euros por metro quadrado. Na lista dos 20 mais caros, só entram municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, do Algarve e as cidades do Funchal e de Coimbra. Os dados revelam as enormes disparidades entre os principais centros urbanos e a larga maioria do território nacional.
No concelho de Lisboa, o mais caro do País, o preço por metro quadrado registado no ano passado foi de 9,62 euros, mais do dobro do que a média nacional. Só 22 municípios registaram valores superiores a metade do que a capital e apenas 37, em 308, tiveram valores medianos superiores à média nacional.
A lei das rendas desenhada por Assunção Cristas, quando esta era ministra, permitiu um aumento brutal nas rendas, particularmente nos principais centros urbanos. Apesar de o PS ter votado contra o novo regime jurídico aprovado em 2012, o actual Governo ainda não tomou medidas que permitam inverter a situação.
A autonomização da Secretaria de Estado da Habitação e o anúncio de um programa de apoio ao arrendamento, no Verão passado, ainda não produziram efeitos. De acordo com um levantamento publicado no mês passado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, os cinco municípios onde se concentram metade das famílias com carências habitacionais identificadas constam, simultaneamente, da lista dos dez concelhos com rendas mais caras.
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