Os subscritores, entre os quais se encontra a Câmara Municipal de Évora, a CGTP-IN ou o Movimento Democrático de Mulheres (MDM), «entendem como imprescindível e urgente a criação de acordos e mecanismos de diálogo que garantam o estabelecimento de um clima de paz, confiança e de segurança para todos os países e povos da Europa e do mundo».
Enumerando «alguns dos traços mais preocupantes que marcam a actual situação internacional», o CPPC apela a todos os que defendem a Paz que se unam em torno dos princípios proclamados na Carta da ONU e na CRP. Numa tomada de posição divulgada a propósito do Dia Internacional da Paz – que hoje se assinala, depois de as Nações Unidas o terem instituído em Novembro de 1981 –, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma o seu apelo a todos os que sinceramente defendem a paz para que se unam em torno dos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas e na Constituição da República Portuguesa (CRP). Para o CPPC, urge tornar realidade esses princípios, que têm como valores essenciais «a defesa da soberania e independência nacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da cooperação entre países em prol da emancipação e do progresso da Humanidade», e que estão presentes «na aspiração dos povos ao fim de todas as formas de colonialismo e de dominação nacional, no desarmamento, na dissolução dos blocos político-militares, no reconhecimento do direito dos povos à autodeterminação». «É a recuperação e o exercício destes valores nas relações internacionais que abrirá o caminho à paz», destaca o CPPC, que insta todos os que neles se revêem a darem mais força à urgente luta pela paz e a participarem em todas as iniciativas que evocam o Dia Internacional da Paz. Múltiplas e graves ameaças No texto, lê-se que em poucos momentos como o actual terá sido tão importante assinalar este dia, tendo em conta as «múltiplas e graves ameaças à paz com que os povos, com que a Humanidade» nos dias de hoje se confrontam. Neste sentido, o CPPC enumera «alguns dos traços mais preocupantes que marcam a actual situação internacional», em que inclui o «crescimento da pobreza e das desigualdades em numerosos países do mundo». O CPPC constata «o incremento do militarismo, da corrida a novas e mais sofisticadas e destruidoras armas, incluindo nucleares», bem como «da instalação de novas forças e meios militares, que os Estados Unidos e a NATO estão a promover na Europa e um pouco por todo o mundo». Guerras de agressão e ingerência De igual modo, aponta «as inúmeras operações de ingerência e de desestabilização contra estados soberanos, as guerras de agressão e ocupação» que se sucedem no Médio Oriente, na Ásia Central, em África e na Europa. Ingerências e guerras que – salienta – têm em comum na sua origem «a acção dos EUA, da NATO e seus aliados» e visam assegurar «o controlo geo-estratégico de importantes regiões e das principais fontes de matérias-primas», assim como «conter ou destruir um qualquer Estado que considerem ser um obstáculo aos seus intentos». Como consequência destas guerras de agressão – sobretudo as levadas a cabo na Síria, no Iraque, na Líbia e no Afeganistão – e como denúncia do seu «carácter profundamente desumano e violador dos mais fundamentais direitos humanos», existe hoje uma «impressionante e dramática vaga de refugiados», a maior desde a Segunda Guerra Mundial, refere o CPPC. Como elemento desta escalada belicista é «igualmente preocupante a contínua e agravada tensão» da NATO com a Federação Russa e com a China, que o CPPC considera bem patente na concentração de forças da Aliança Atlântica no Leste da Europa e na instalação dos sistemas «anti-míssil» na Europa e na Península da Coreia, na proliferação de bases e instalações militares, e na deslocação de forças militares dos EUA para o Pacífico. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional
No Dia Internacional da Paz
CPPC reafirma apelo em defesa da paz
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A iniciativa partiu do CPPC, que desde o primeiro momento defendeu um imediato cessar-fogo das hostilidades entre Rússia e a Ucrânia e uma solução negociada para o conflito, «em respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas».
O caminho essencial para a justiça, a segurança e a paz passa pelo respeito pelo direito internacional, no quadro da ONU, e pela acta final da Conferência de Helsínquia, assegurando o direito dos povos à paz e à sua autodeterminação.
Nas seis localidades em que se vão realizar acções pela paz, os intervenientes vão expressar a sua «solidariedade ao povo ucraniano e a todos quantos sofrem com a guerra», defendendo que sejam asseguradas «formas de apoio humanitário, dirigidas a suprir necessidades urgentes das populações envolvidas, garantindo que o mesmo não venha a ser apropriado por grupos fascistas e neonazis ucranianos».
Os actos públicos, com o mote «Parar a Guerra! Dar uma oportunidade à Paz!» terão lugar no dia 10 de Março, pelas 18h30 no Largo Camões, em Lisboa, às 18h na Rua de Santa Catarina (junto à estação do Metro do Bolhão), no Porto, às 18h no Largo de Camões, em Évora, às 18h junto ao W Shopping, em Santarém, 17h30, no Jardim 25 de Abril do Couço e às 17h30, na Estação Nova, em Coimbra.
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