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Profissionais de saúde portugueses lançam petição em solidariedade com a Palestina

Profissionais de saúde portugueses lançaram petição que apela a um cessar-fogo imediato e permanente e à urgente ajuda humanitária às populações e aos profissionais e serviços de saúde na Faixa de Gaza.

Créditos / Saúde Mais

A solidariedade internacionalista afirma-se com os actos e os profissionais de saúde portugueses quiseram demonstra-lo. Não ficando alheios à grave situação que se vive na Palestina, em particular na Faixa de Gaza, lançaram uma petição que apela a um cessar-fogo imediato e permanente e à urgente ajuda humanitária às populações e aos profissionais e serviços de saúde na Faixa de Gaza.

Identificando-se como Saúde Pela Palestina, no documento pode ler-se que os mesmos assistem «com profunda indignação e horror aos bombardeamentos e ataques do exército israelita contra hospitais e outras infraestruturas e serviços de saúde na Faixa de Gaza e noutros territórios palestinianos». 

Os mesmos recordam que a OMS registou mais de uma centena de bombardeamentos a serviços de saúde em Gaza e tal resultou em milhares de mortes e feridos entre a população, incluindo centenas de profissionais de saúde em serviço. No seu entender, os «ataques de Israel que têm como alvo preferencial instalações médicas, profissionais de saúde, doentes e feridos constituem uma violação do Direito e das Convenções Internacionais Humanitárias e dos Direitos Humanos».

A par da análise da situação, os profissionais de saúde portugueses acusam ainda Israel de dar ordens para a evacuação de hospitais sabendo da impossibilidade do seu cumprimento de forma segura para doentes e profissionais, algo que só evidencia que o real objetivo não é o de proteger as populações, mas sim o massacre. 

De acordo com a petição, «mais de metade dos hospitais da Faixa de Gaza estão inoperacionais e os poucos que ainda funcionam estão sob enorme pressão e à beira do colapso». 

A situação fica mais grave na medida em que Israel não permite a entrada de ajuda humanitária, restringindo o fornecimento de medicamentos e equipamentos essenciais, bem como de combustível indispensável ao funcionamento dos geradores hospitalares. A situação é dramática havendo cirurgias a serem realizadas «sem qualquer suporte anestésico, à luz de velas e telemóveis». 

Torna-se quase impossível de imaginar, os profissionais de saúde dizem que «a falta de energia já levou as equipas a ter que suspender procedimentos de suporte de órgão levando à morte de recém-nascidos e doentes críticos, situações profundamente dramáticas e inaceitáveis aos olhos de qualquer profissional de saúde».

A petição é dirigida ao Governo português de forma a que este, no respeito da Constituição da República Portuguesa, da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, não olhe a meios para interrompidos os ataques de Israel e para o cumprimento das resoluções das Nações Unidas que determinam a criação de um Estado da Palestina soberano e independente.

Para já a petição conta com mais de 250 assinaturas, sendo que foi criada a 21 de Novembro. A onda de solidariedade com a Palestina indica que é possível ir mais longe e que os palestinianos podem contar com o importante contributo do povo português. 
 

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