O nome do álbum é «o mês de aniversário do Pedro» e foi neste período que «terminaram as gravações deste projecto», explicou à Lusa, Fernando Matias, da discográfica Ovação, que considera o cantor um «homem de música e palavras, que gravou mais de 30 discos, tendo actuado em todas as salas de espectáculo em Portugal».
Pedro Barroso classifica de «histórico» este álbum, e entende que «merece o colo cuidadoso de uma produção sofrida, cuidada e importante».
Este sábado, o cantor celebra o 50.º aniversário da sua carreira, no Teatro Virgínia, em Torres Novas. «A condição física, após mais um ano de tratamentos médicos, impede-me de tocar, e, mesmo na parte de canto, canso-me ao fim de minutos e, portanto... as coisas são como são», explica o músico.
A canção Rumos, da autoria de Patxi Andión – cantautor de renome falecido, esta quarta-feira, num acidente de viação em Espanha –, começa com os versos «Que lutas nos sobram, que ninhos/ Que gaivotas esvoaçam pelo mar?/ Que sustos, e dores e caminhos/ Que causas inda’ há para lutar?» e termina com a afirmação «Aqui vos deixo esse aviso/ Por tudo o que quis urgente/ Viver é sempre improviso/ Por isso mesmo é preciso/ Crescer nas bermas do vento».
O cantor diz que ter uma canção «cantada a meias com o Patxi Andión é obviamente uma valorização imensa e o tema é lindíssimo» e explica que «a escolha tímbrica e o simbolismo desta geração ibérica de cantores de luta e da sensibilidade diz tudo. Ambos nos estreámos no [programa televisivo] Zip Zip, em 1969».
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