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Utentes do Médio Tejo mobilizam-se por cuidados de saúde de proximidade

Em Assentis (Torres Novas) e Carregueiros (Tomar), as populações exigem a colocação de médico e acesso a cuidados de saúde primários. Na Golegã, alerta-se para centenas de utentes sem médico de família.

A população de Assentis (Torres Novas) exige a colocação de um médico na extensão de saúde local 
Créditos / Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo

Em Junho último, cerca de uma centena de habitantes de Assentis fez questão de manifestar o seu descontentamento na Assembleia de Freguesia. Os utentes, na sua maioria idosos, contestaram o facto de «terem perdido» a única médica que estava afecta à extensão de saúde local, obrigando-os a deslocar-se à sede do município, Torres Novas, indica o portal omirante.pt.

Na ocasião, a população expressou «o seu descontentamento com a falta de acesso a cuidados de saúde primários na extensão de saúde desta freguesia», que «está sem médico de família», refere a fonte.

Assim, «na defesa de cuidados de saúde de proximidade e no combate à desertificação das aldeias», a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo anuncia a realização de uma vigília, no próximo dia 23, entre as 19h e as 22h, frente à extensão de saúde de Assentis, para reivindicar a colocação de um médico.

Pelo direito à saúde e por cuidados médicos de proximidade, abaixo-assinado em Carregueiros

No documento, divulgado pela Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, exige-se ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo a colocação de um médico especialista em Medicina Geral e Familiar na Unidade de Cuidados Personalizados – Pólo de Carregueiros, no Município de Tomar.

O facto de o médico especialista ter sido transferido para outra freguesia obriga a população de Carregueiros – em que se incluem bastantes utentes idosos e outros sem possibilidades de se deslocar – a inscrever-se em extensões de saúde de freguesias distantes, denuncia o texto.

A população da freguesia, que se mostra «indignada» com a falta de atenção a que tem sido votada no que respeita à prestação de cuidados de saúde primários, reclama a colocação de um médico que responda às necessidades da freguesia, exigindo ainda uma solução célere para o problema.

700 utentes sem médico de família na Golegã

No Município da Golegã, «há aproximadamente 700 utentes sem médico de família atribuído, representando um impacto tremendo nos utentes e seus familiares. Uma situação que poderá agravar-se com o avançar da idade de diversos médicos, que poderão nos próximos tempos aposentar-se», alerta a Organização do PCP no Concelho da Golegã.

Em nota de imprensa, sublinha-se que «a saúde não deve ser encarada como uma responsabilidade directa do município, mas, sim, uma responsabilidade do Estado, que deve assegurar profissionais de saúde necessários para garantir que todos os utentes do concelho possam ter atribuído um médico de família e consequentemente acesso aos cuidados de saúde».

Ainda assim, o PCP afirma que a Câmara Municipal da Golegã, «dirigida pelo Movimento "2021 é o ano", deve assumir o seu papel institucional enquanto representante dos munícipes e exigir ao Governo que resolva este problema que atinge de forma dramática centenas de utentes do concelho».

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