A reunião desta segunda-feira com Ana Paula Martins surge da insistência dos três governantes, na sequência de uma decisão do Fórum Intermunicipal da Saúde (que reúne as três autarquias, comissões de utentes e outras entidades).
Numa reunião realizada em Outubro, na presença dos três governantes, o Fórum Intermunicipal da Saúde destacou a «deficiente capacidade de resposta» do Centro Hospitalar de Setúbal, de que faz parte o Hospital de São Bernardo e várias unidades de cuidados de saúde primários nos territórios da Arrábida, em particular no que respeita à falta de profissionais de saúde. Registou então o presidente da Câmara Municipal de Setúbal que, desde que o novo Governo implementou o Plano de Emergência e Transformação da Saúde, os utentes sem médico de família nos três municípios passaram a ser 75 654, mais 13 325 (mais 17,6%) do que há um ano.
«No que se refere aos cuidados hospitalares, o Governo não teve sequer o cuidado de contactar previamente os municípios quando decidiu estabelecer o actual regime de urgências de obstetrícia e pediatria na Península de Setúbal, impondo o seu encerramento rotativo», acrescentou, salientando que os utentes estão agora em pior situação do que do que há um ano».
Os autarcas reclamam medidas urgentes que ponham fim ao encerramento frequente das urgências de Pediatria e Obstetrícia do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, e à falta de profissionais de saúde, e permitam aumentar a capacidade de resposta das unidades de cuidados de saúde primários.
A par destas exigências, Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, vai lembrar a ministra da Saúde que a autarquia continua a aguardar o visto do Tribunal de Contas para dar início à construção da nova Unidade de Saúde da Quinta do Conde, «equipamento prioritário para a população da freguesia mais populosa do concelho, que representa um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros».
Reunido pela primeira vez em Dezembro de 2021, o Fórum Intermunicipal da Saúde é um movimento criado pelos três municípios para debater as questões da saúde e exigir respostas da Administração Central para os problemas verificados nesta área, com destaque para os do Centro Hospitalar de Setúbal, que serve os três concelhos.
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