Ao aceitarem a mais recente proposta apresentada pelo município biscainho de Durango, os funcionários dos serviços desportivos regressam ao trabalho, sete meses depois de terem entrado em greve.
Em nota, o sindicato ELA destacou o facto «de se ter conseguido garantir sempre o serviço de apoio de monitores da sala fitness, bem como reforçar o pessoal para as horas de maior afluência, e aumentar o número de horas das aulas, entre outras melhorias».
Além disso, refere o sindicato, «será constituída uma comissão de supervisão e garantia do serviço», na qual todas as partes envolvidas farão avaliações necessárias.
O quadro de pessoal no polidesportivo de Durango é integrado por duas dezenas de pessoas, que entraram em greve por tempo indeterminado depois de terem tido conhecimento «de uma nova licitação dos serviços» que a Durango Kirolak se preparava para realizar e que «agravava as suas condições laborais».
Os trabalhadores do espaço desportivo no município guipuscoano de Tolosa começaram uma greve há mais de quatro meses. Lutam pela renovação do acordo e a dignificação das condições laborais. Apesar dos 135 dias de paralisação, «as negociações não avançaram», afirma o sindicato ELA. «Pelo contrário: a empresa que tem a seu cargo a gestão, BPXport, propõe retrocessos», acusa, lembrando que o acordo de empresa não é renovado há três anos. Segundo revela a estrutura sindical, os 31 trabalhadores do Usabal Kiroldegia, na antiga capital guipuscoana, estão sem acordo desde 2020. «Devido à mudança de empresa, as negociações atrasaram-se até 13 de Janeiro de 2023», informa, sublinhando que a atitude da nova responsável pela gestão, BPXport, «não foi boa», desde o início. A proposta que apresentou a 17 de Abril «não respeitava as reivindicações mínimas dos trabalhadores», denuncia no seu portal. Durante este processo negocial, houve eleições municipais e o executivo que governava a Câmara Municipal de Tolosa (PNV-PSE, aliança da direita com a sucursal basca do PSOE) deixou de o fazer. Agora que a Câmara é governada pela coligação EH Bildu (progressista e independentista), o novo executivo procurou desbloquear a situação, mantendo reuniões com a empresa, que, denuncia o ELA, continua inflexível, «prejudicando os cidadãos e os trabalhadores». Segundo refere o sindicato, a negociação está bloqueada em três pontos importantes: a recuperação do poder de compra, a preparação de aulas e categorias. Na última reunião, a 1 de Setembro, a empresa propôs que os trabalhadores aceitassem o acordo provincial, o que significaria andar para trás: «por exemplo, até 31 de Dezembro de 2027 não haveria qualquer aumento salarial», explica. De acordo com o sindicato, os trabalhadores, que se têm mostrado abertos à negociação, não deixarão de lutar pelo acordo e pela melhoria das suas condições de trabalho. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
No País Basco, trabalhadores do Polidesportivo Usabal não desistem
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«Pretendiam reduzir as horas de trabalho, não garantiam a sub-rogação a todos os trabalhadores, deixavam a gestão dos serviços nas mãos de três empresas diferentes e a qualidade do serviço era prejudicada», explica a organização sindical.
Ao longo dos sete meses, tiveram lugar diversas reuniões, «com retrocessos e avanços», até que a última proposta da Câmara Municipal passou a incluir «muitas das reivindicações dos trabalhadores».
Além das referidas, o ELA aponta ainda a garantia da manutenção preventiva das máquinas, o aumento do número de horas de aulas e um número adequado de alunos para cada uma delas.
Os trabalhadores agradeceram «a solidariedade» que receberam da população, tendo sublinhado «a importância da greve e da caixa de resistência», refere o portal durangon.com.
Agora, a organização sindical espera que a administração durangarra «não tente precarizar novamente o serviço de desporto» no município, confiando que cumpra o compromisso político de «ampliar e melhorar o serviço actual e futuro».
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