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No País Basco, trabalhadores do Polidesportivo Usabal não desistem

Os trabalhadores do espaço desportivo no município guipuscoano de Tolosa começaram uma greve há mais de quatro meses. Lutam pela renovação do acordo e a dignificação das condições laborais.

Trabalhadores do Polidesportivo Usabal Kiroldegia, em Tolosa, em greve, junto a uma faixa em que se lê «Garantir os postos e as condições de trabalho» 
Créditos / ELA

Apesar dos 135 dias de paralisação, «as negociações não avançaram», afirma o sindicato ELA. «Pelo contrário: a empresa que tem a seu cargo a gestão, BPXport, propõe retrocessos», acusa, lembrando que o acordo de empresa não é renovado há três anos.

Segundo revela a estrutura sindical, os 31 trabalhadores do Usabal Kiroldegia, na antiga capital guipuscoana, estão sem acordo desde 2020. «Devido à mudança de empresa, as negociações atrasaram-se até 13 de Janeiro de 2023», informa, sublinhando que a atitude da nova responsável pela gestão, BPXport, «não foi boa», desde o início.

A proposta que apresentou a 17 de Abril «não respeitava as reivindicações mínimas dos trabalhadores», denuncia no seu portal.

Durante este processo negocial, houve eleições municipais e o executivo que governava a Câmara Municipal de Tolosa (PNV-PSE, aliança da direita com a sucursal basca do PSOE) deixou de o fazer.

Agora que a Câmara é governada pela coligação EH Bildu (progressista e independentista), o novo executivo procurou desbloquear a situação, mantendo reuniões com a empresa, que, denuncia o ELA, continua inflexível, «prejudicando os cidadãos e os trabalhadores».

Segundo refere o sindicato, a negociação está bloqueada em três pontos importantes: a recuperação do poder de compra, a preparação de aulas e categorias.

Na última reunião, a 1 de Setembro, a empresa propôs que os trabalhadores aceitassem o acordo provincial, o que significaria andar para trás: «por exemplo, até 31 de Dezembro de 2027 não haveria qualquer aumento salarial», explica.

De acordo com o sindicato, os trabalhadores, que se têm mostrado abertos à negociação, não deixarão de lutar pelo acordo e pela melhoria das suas condições de trabalho.

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