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Depois de nove greves, Nobre é obrigada a responder às exigências dos trabalhadores

Não foi uma. Não foram duas. Nem sequer foram três. Foram nove as greves realizadas pelos trabalhadores da Nobre, algo que demonstra grande coragem e perseverança. O patronato é obrigado a responder à exigência e a luta mostra-se determinante para tal.

Concentração de trabalhadores realizada a 21 de Maio
Créditos / SINTAB

Depois de nove greves em 2023, os trabalhadores da Nobre finalmente vão, ao que tudo indica, receber respostas às suas reivindicações. A informação foi avançada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Sectores Alimentar, Bebidas, Agricultura, Aquicultura, Pesca e Serviços Relacionados (STIAC/CGTP-IN) que reuniu com o patronato no dia 8 de Fevereiro para discutir o caderno reivindicativo para 2024 e avaliar a situação laboral.

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Trabalhadores da Nobre não vão encher chouriços

Reunião com a Administração sem avanços nos direitos ou reforço dos salários. Os trabalhadores da Nobre Alimentação, em Rio Maior, mantêm a greve de dois dias marcada para os dias 2 e 3 de Novembro.

Concentração de trabalhadores à entrada da Nobre Alimentação, em Rio Maior, em Abril de 2023 
Créditos / SINTAB/CGTP-IN

Os trabalhadores vão concentrar-se em frente à fábrica da Nobre, em Rio Maior, na manhã de 2 de Novembro, para denunciar publicamente a situação que vivem na empresa, e contarão com a presença solidária da Secretária Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

A administração daquela empresa do sector das carnes não respondeu nem fez qualquer contraproposta ao Caderno Reivindicativo dos trabalhadores, «limitando-se a alimentar um ambiente de chantagem, já gasto», e «culpabilizando a luta dos Trabalhadores por uma possível apresentação de resultados menos positivos», informa o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN).

Na reunião, ocorrida no passado dia 20 de Outubro, a Administração assumiu ainda que, por decisão própria, não disponibilizou ainda ao sindicato, conforme é obrigada, o relatório único de 2022.

Esta será a sétima greve na Nobre Alimentação desde Janeiro. Os trabalhadores estão em luta por aumento dos salários e do subsídio de refeição, a actualização e reenquadramento das categorias profissionais, a valorização da antiguidade por aplicação de diuturnidades, o alargamento do período de férias para 25 dias, bem como o direito a folga no dia de aniversário e, acima de tudo, a negociação e aplicação de um contrato colectivo.

O sector das carnes está sem contratação colectiva devido à caducidade da regulamentação anterior, invocada pelos patrões do sector, a que os Governos PSD / CDS deram cobertura e o PS mantém, deixando em suspenso um pedido de mediação apresentado há mais de 5 anos pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT/CGTP-IN).

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Segundo o STIAC, durante a reunião foram abordados pontos cruciais, incluindo aumento de salários; ampliação para 25 dias de férias, possibilidade de usufruir do dia de aniversário do trabalhador ou do filho até 12 anos; actualização e atribuição de diuturnidades; redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais; e a necessidade de um acordo de empresa. Além disso, destaca-se a urgência de negociar um Contrato Coletivo de Trabalho para o sector das carnes.

As respostas às reivindicações serão apresentadas pela administração no dia 21 de março, marcando um passo crucial nas negociações. O STIAC lembra que as nove greves em 2023 foram uma resposta à falta de atenção às demandas dos trabalhadores. Agora, a expectativa é que a Nobre atenda às necessidades dos funcionários, melhorando as suas condições de trabalho.

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