De acordo com o presidente do PS, o Governo do seu partido deve ter metas bem definidas nos próximos dois anos: «Alocar mais recursos e gerir com inteligência o investimento público na sequência da saída do Procedimento por Défices Excessivos, aproveitando também os fundos europeus, manter a trajectória das contas públicas e a reputação da gestão orçamental.»
Carlos César, que falava na sessão de abertura do segundo e último dia das jornadas parlamentares do PS, afirmou que o Governo deve «aliviar no possível o excesso de carga fiscal sobre as pessoas, intervindo inclusive nos escalões de IRS, e continuar a melhorar rendimentos também por via directa remuneratória e pelas prestações sociais».
Tem sido noticiada a disponibilidade do Governo em disponibilizar 200 milhões de euros para aumentar a progressividade do IRS, com o BE a responder com a exigência de 600 milhões. O PCP tem reafirmado que a questão não se coloca nesses termos, apresentando como base para discussão a criação de dez escalões no IRS, o dobro dos actuais.
Além dos aumentos das prestações sociais e dos salários, Carlos César sustentou que o Governo deve «melhorar o Serviço Nacional de Saúde, diminuir as desigualdades e apostar em todas as dimensões de modernização e de eficiência competitiva».
Antes, o líder parlamentar do PS já tinha advertido que, apesar dos bons resultados macroeconómicos, «ninguém se pode esquecer que o País ainda regista muitas desigualdades, com cerca de 2,6 milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, atingindo 487 mil crianças e 468 mil idosos».
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