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Em IPSS de Lisboa idosos lidam com baratas nas camas

A denuncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN): idosos acamados na Mansão de Marvila, da Fundação D. Pedro IV, foram encontrados «com baratas vivas na boca», situação que «não é nova» neste local.

A infestação de baratas presente nos quartos dos utentes idosos da Fundação D.Pedro IV, em Lisboa
Créditos / CESP

O relato, transmitido num comunicado do CESP enviado às redacções, transmite informações de trabalhadores desta instituição de Lisboa afirmando que, no passado dia 10, foram confrontados, por volta das 7 horas, «com baratas nas camas dos utentes e inclusive na boca de utentes acamados».

O comunicado continua a relatar que, por volta das 8h30 do mesmo dia, foi realizada uma desbaratização na unidade de S. Lourenço, porém «os idosos regressaram aos quartos às 19h, apesar dos perigos que advém do uso de materiais altamente tóxicos», queixando-se os trabalhadores «do odor intenso, causado pelos produtos tóxicos, e do ardor que se faz sentir nos olhos».

O problema não foi resolvido e durante o fim-de-semana «não foi feita qualquer limpeza aos quartos e os trabalhadores foram novamente confrontados com baratas vivas nas camas dos idosos, junto aos motores dos colchões de pressão (anti-escaras) onde estavam concentradas dezenas de baratas vivas».

 

Segundo o sindicato, a situação não foi pontual e no final do mês de Setembro, na unidade de S. Lourenço da Mansão de Marvila, já tinha sido feita uma debaratização, que se iniciou às 9h e em que colocaram os utentes novamente nos quartos pelas 16h30.

 

Acrescenta que «as desbaratizações estão a ser feitas por unidade de serviço, porém existem baratas nas várias unidades da Mansão», pelo que a situação não está a ser resolvida.

 

Os representantes sindicais e os trabalhadores já alertaram a direcção e o presidente da instituição sobre esta situação e outros problemas que põem em causa a saúde dos utentes: a degradação dos colchões, «que está a originar úlceras de pressão nos corpos»; «a falta diária de toalhas de banho, fazendo com que os utentes sejam limpos a lençóis»; «lençóis mal lavados, manchados e com cheiro a urina»; e «falta de limpeza dos quartos e espaços comuns durante os fins-de-semana».

Depois de várias denúncias, «nada foi feito por parte da direcção», tendo sido já enviado pelo CESP um ofício «a denunciar e a exigir a intervenção da Direcção-Geral de Saúde, ao Instituto da Segurança Social, Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e para o Serviço Municipal da Protecção Civil de Lisboa».

 

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