Como habitualmente, o Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN) convocou uma greve «a todo o trabalho, em todos os turnos, em território nacional», nos dias 25 de Abril e 1 de Maio, com a duração de 24 horas em cada um dos dias.
A paralisação visa a participação no desfile comemorativo do 25 de Abril de 1974 e a participação na manifestação nacional do 1.º de Maio, pelo aumento dos salários e o fim da precariedade. A par destas reivindicações, um conjunto de trabalhadores do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, decidiu aderir à greve para denunciar questões específicas, como a desregulação do trabalho e os salários congelados, e reivindicar a retoma das negociações do acordo de empresa, «abandonadas há mais de um ano», explica Rui Galveias ao AbrilAbril. A ausência desta convenção, refere o dirigente do CENA-STE, serve de argumento para não aumentar salários, com o Conselho de Administração do D. Maria II a remeter a responsabilidade para a tutela.
A estrutura sindical refere que para os trabalhadores cujo horário de trabalho se inicie antes das 0h dos dias de greve, «o pré-aviso produzirá efeitos a partir da hora de início da jornada de trabalho».
Sobre o facto de a greve comprometer a realização, amanhã, do espectáculo Quis saber quem sou, um concerto teatral que revisita as canções da Revolução dos Cravos, no Coliseu dos Recreios (Lisboa), Rui Galveias destaca o facto de ter sido o 25 de Abril a possibilitar o alcance de conquistas, como a do trabalho com direitos, mas também a denúncia das injustiças e a luta por uma vida melhor.
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