Execução Orçamental

Sabendo que tinha a cumplicidade do PS na aprovação do Orçamento do Estado, o primeiro-ministro deslocou-se à Assembleia da República para defender o documento. No debate, vendeu gato por lebre, e ficou evidente que é necessário romper com a sua política.

A «bazuca» que serviu para a propaganda do PS durante as eleições legislativas está há três meses com a execução nos 5%. Parece que os mundos e fundos prometidos se eclipsaram. 

O Estado pagou mais de 3700 milhões de euros de juros entre Janeiro e Maio, o equivalente a 25 milhões de euros por dia, de acordo com os dados da execução orçamental divulgados esta terça-feira.

O acordo entre o Estado e o Santander para resolver os ruinosos contratos swap das empresas públicas de transportes custou mais de 350 milhões de euros, apenas entre Janeiro e Abril.

A execução orçamental até Abril mostra um saldo primário positivo (sem juros da dívida) de 1474 milhões de euros, que entraram nos cofres do Estado mas foram directamente para o serviço da dívida.

As contas do Estado até Setembro mostram que a meta orçamental do Governo pode ser alcançada, mas permanecem sinais preocupantes: queda do investimento paga subida dos juros.

Os dados da execução orçamental divulgados mostram uma redução do défice da Administração Pública. Porém, o investimento público continua a diminuir e os juros da dívida a aumentar.

Primeira metade do ano mostra indicadores das contas públicas em linha com o previsto. Investimento público a descer e juros da dívida a subir mantêm-se como principais preocupações para economia nacional.

Execução orçamental até Maio desmente visão catastrofista da direita. Receitas fazem melhorar saldo em 453 milhões de euros em relação ao mesmo período de 2015.